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segunda-feira, 20 de julho de 2015

Spec Ops: The Line

Informações
Nome: Spec Ops: The Line
Lançamento: 2012
Desenvolvedora: Yager Development
Distribuidoras: 2K Games
Gênero: Tiro em terceia pessoa
Plataformas: PC, PS3, Xbox 360


História
Dubai costumava ser uma cidade muito rica e moderna, com muitos arranha-céus em sua exuberante arquitetura. Isso até que uma enorme tempestade de areia deixar a maior parte da cidade soterrada. Isto fez com que os cidadãos mais poderosos evacuassem a cidade, deixando para trás os mais desfavorecidos. Uma das pessoas que ficaram foi o coronel do exército americano John Konrad, membro fundador da Delta Force, que se recusou a seguir as ordens do governo americano de apenas abandonar a cidade. Tendo assim ficado, juntamente com seu batalhão, para salvar as pessoas que não conseguiram ser evacuadas.

"Welcome to Dubai"

Depois de meses sem nenhum contato, o exército começou a acreditar que Konrad e os seus homens estariam mortos em Dubai. E assim declararam a cidade como "terra de ninguém". Até que um sinal de rádio foi detectado com Konrad dizendo que sua tentativa de evacuação falhou. E com isso o exército convocou o capitão Martin Walker, acompanhado por sua equipe Delta Force - o tenente Alphanso Adams e o sargento John Lugo. E assim precisam ser infiltrar em Dubai, neutralizar possíveis inimigos e sobreviver a tempestades de areia para descobrir o que se passou com Konrad e os seus homens.

Arranha-céus, carros de luxo... tudo por "areia abaixo"

Análise
Definitivamente, não sou fã de games de guerra. A grande maioria, principalmente CoDs e BFs da vida, tem aquela coisa de patriotismo exagerado, babação de ovo de soldado americano, heróis de guerra descontraídos em ação e essa merda toda. Mas Spec Ops: The Line mostra uma visão totalmente oposta, o que foi bem ousado da parte dos desenvolvedores. A história do jogo foi inspirada no livro "Coração das Trevas", escrito por Joseph Conrad. Livro que também inspirou o clássico dos cinemas "Apocalypse Now". O game mostra os horrores de uma guerra, e suas consequências. E o mais importante, que é nos fazer refletir sobre o peso de decisões tomadas por homens, seres humanos e que podem errar. Sim, tomamos decisões que mudam os finais do game. E o quanto esses possíveis erros pesam na consciência, ou até afetam sua sanidade. Afinal, o jogo basicamente nos pergunta se é realmente possível ser um herói nessas circunstâncias.

Haja liderança para tais desgraças

A jogabilidade não é nada inovadora, é bem simples por sinal. Mas oferece basicamente o mesmo que muitos outros shooters, tudo muito prático e funcional. Porém, como não tem modo co-op na campanha principal, o que chama muita atenção é que Walker comanda Adam e Lugo em funções como focar em alvos, dar cobertura e levantar um ao outro quando abatidos. A inteligência artificial deles é ótima, não atrapalham em nada e são bem corajosos em desempenhar os comandos. E também podemos fazer o mesmo para auxiliá-los, mas caso sejamos abatidos já era. Os inimigos também não perdoam. Ou seja, jogabilidade é muito boa. O arsenal é variado, tendo desde pistolas até lança foguetes. No multiplayer as clássicas opções de deathmatch e team estão presentes, com alguns mapas relativamente grandes, e que contam com as tempestades de areia. Há também personalização de classes, armamento e equipamentos. Tudo funcionando muito bem. Quanto a dificuldade, o game é bem hardcore. Eu finalizei o jogo no "normal", porém tem ainda mais dois modos de dificuldades avançados. Caso a gente falhe muito em determinadas missões, o jogo dá a opção de diminuir a dificuldade (o que eu, orgulhosamente, não precisei fazer).

Visual deslumbrante

Os gráficos são muito bonitos. Os personagens são bem detalhados, desde os protagonistas até os civis que aparecem em diversos pontos do game. As expressões faciais também são boas, assim como a movimentação no geral nas ações e até nas reações dos personagens ao serem atingidos. O cenários são lindíssimos, bem ricos em detalhes. Vão desde as cinzentas paisagens arenosas em arranha-céus, até os belos e coloridos interiores dos edifícios multimilionários. Óbviamente, nessa guerra também tem a parte extremamente feia e horrorisante dos cenários, tudo muito bem detalhado. Não esquecendo dos efeitos da luz do sol e principalmente em meio a tempestades de areia durante batalhas contra ordas de inimigos. Tudo influenciando na dificuldade do game. Quanto ao som do game, os efeitos sonoros são ao todo muito realistas. A dublagem é impecável, apesar de algumas falhas com a sincronização facial dos personagens. A trilha sonora é simplesmente matadora. Tanto os instrumentais ambientais próprios do game, quanto ao bom e velho Rock'n'Roll. Músicas de bandas como Jimmy Hendrix, Deep Purple, Nine Inch Nails, Björk, e outras fazem da experiência do jogador ainda mais empolgante. É realmente de arrepiar, para tirar o chapéu!

Batalhas intensas, que exigem muita estratégia

Enfim, eu já havia jogado a um Spec Ops (sim, "The Line" é o 9º game da série), que se chama "Stealth Patrol". Até fui rever uns vídeos para ter uma visão mais atualizada do que o jogo era na época (ano de 2000, para Playstation)... tosqueira total. Mas me rendeu muita jogatina, pois também era bem difícil, e exigia bastante estratégia em modo co-op. Quando ouvi falar de "The Line" eu fiquei curioso e vi algumas análises. Gostei muito do que vi, e investi. E não me arrependo nenhum pouco. É um game bonito, divertido, e com uma história surpreendente, apesar de extremamente triste e revoltante. Recomendo demais!


Trailer

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