Fazia tempo que não publicava aqui no blog. E nunca pensei que quando voltasse a publicar seria sobre wrestling. Mas é coisa de fã que a tempos estava desiludido. Até semanas atrás, quando a falecida TNA (não para mim, pois chamarei assim sempre), que agora se chama apenas Impact Wrestling, começou a trabalhar com uma nova gestão que envolve os retornos de Bruce Prichard, e do casal Jeff e Karen Jarrett, além da nova majoritária Anthem Sports. E tudo começou muito bem, por incrível que pareça. Tão bem como não ia desde 2013, época em que Dixie Carter era majoritária e tem feito cagadas irreversíveis na sua gestão. Cagadas como fazer com que wrestlers que hoje estão no auge de suas carreiras por serem bem aproveitados em federações como WWE, ROH e NJPW. Nada mais, nada menos que AJ Styles (principal nome da WWE hoje), Samoa Joe, Bobby Roode, Eric Young, Christopher Daniels, Frank Kazarian, e entre outros grandes nomes que a TNA teve em seu incrível roster em anos anteriores.
AJ Styles como WWE Champion |
Mas é claro que Dixie Carter não foi a única culpada. Muito disso se deu também pela incompetência de figurões já conhecidos por suas gestões atrapalhadas, como Eric Bischoff. E até mesmo por Jeff Jarrett, que apesar de entender muito do assunto, foi um bocado saudosista em suas preferências em promover medalhões já consagrados, (como Sting, Kurt Angle e Mick Foley) a ponto de praticamente esquecer de suas novas grandes estrelas em divisões "inferiores", estrelas que só hoje têm mais reconhecimento em outras federações.
"Agora é a vez dos véio... de novo!!!" |
E apesar da TNA ter focado um pouco mais em novos possíveis ídolos nesses últimos anos, isso não foi suficiente para segurá-los com boas propostas. A empresa esteve em mals lençóis financeiramente, além de acumular uma má fama terrível pelas suas más gestões. Mas principalmente pela visível incompetência de Dixie Carter & Cia,. Dixie até tentou inovar botando nomes como Billy Corgan (vocal do Smashing Punpkins), que possuía alguma experiência pela sua federação indie, a Resistence Pro Wrestling. Mas a sua chegada só piorou as coisas, que até estavam indo bem no início de 2016. E assim foi mais um ano em que a TNA se arrastou, estando quase morta e com boatos de uma possível falência. Boatos mais recorrentes até do que nos anos anteriores, em que a empresa esteve ameaçada por dificuldades enormes em conseguir alguma emissora para transmitir sua programação.
Qual foi a asneira que a Dixie disse aqui? hahaha |
Mas o que mudou?
Os novos gestores, já citados no início do post, passaram a querer fazer com que a TNA voltasse a ter talentos. E melhor ainda, focar nesses talentos. E assim o discurso de “make Impact Wrestling great” passou a virar a mais recente proposta, desde os tempos em que a coisa ainda andava com “wrestling matters here”. O último programa Impact Wrestling (exibido em 09/03/2016) teve como introdução (que colouei no final da postagem) um destaque para todas as boas fases da empresa. Usando da nostalgia para dar esperanças aos seus fãs. Mas além disso, passou a ser noticiado várias contratações. Personalidades e wrestlers já conhecidos da empresa, novos até então desconhecidos e outros já conhecidos de outras federações famosas. Além de manterem alguns wrestlers hoje indispensáveis para empresa, pois já possuem certa identidade dentro do negócio.
"The Ass-kicking Machine" EC3 |
Apesar das perdas de Drew Galloway, Mike Bennett, Maria Kanellis, Jade, Jeff e Matt Hardy, a TNA fez ótimas reposições. Agora o roster está mais diversificado e jovem, e até um pouco nostálgico. Entre os velhos conhecidos, estão a stable Latin America Xchange (L.A.X.), e os já campeões pela empresa ODB, Magnus, Matt Morgan, além do recente retorno de Brooke Adams. Entre os desconhecidos estão as duplas Laredo Kid & Garza Jr. e Reno Scum, além do novo wrestler que incorpora o já conhecido personagem Suicide. E entre já famosos em outras empresas, estão Chris Adonis (Masters na WWE) e Alberto “El Patrón” (Del Rio na WWE). E não descartando a possibilidade de que mais reforços podem vir. Outra boa notícia é que a TNA agora será transmitida por duas emissoras, Spike TV no Reino Unido e Pop TV nos EUA. O que faz com que a limitação do novo estilo de contrato da empresa (que se baseia em pagamento por lutas) seja bem visto pelos wrestlers terem mais visibilidade na TV, além de terem a liberdade para lutar por outras empresas. O que é, de certa forma, bom para todos. E ao que parece o respeito voltou!
Cody (campeão GFW) e Brandi Rhodes - O Casal Impact |
E no ringue?
Agora a TNA possui quatro divisões de títulos que podem ser muito bem divididos com o plantel atual. Se souberem fazer uma boa divisão para valorizar todos os títulos e um bom booking, a coisa tem tudo para andar muito bem. E tudo está se encaminhando para que isso aconteça.
Alberto mostrando quem é "El Patron" |
Alberto “El Patrón” já chegou mostrando quem manda. Ok, ele não é o melhor e nem o mais carismático da divisão principal da empresa. Mas ele tem potencial pra isso, pelo menos mais que Bobby Lashley, que reinou em quase todas as divisões ano passado e ainda criou uma divisão baseada nas regras de MMA. E por falar em carisma, temos Ethan Carter III, que foi uma das únicas poucas coisas que Dixie Carter realmente acertou em sua gestão. EC3 tem tudo para se tornar o “top guy” da TNA, desde talento até apoio do público em sua maioria. Também temos o possível retorno de Magnus, que também já teve seu reinado na TNA. Eddie Edwards e Davey Richards também devem contribuir demais na divisão, pois apesar da separação da tag The Wolves, eles individualmente também são muito capazes de tomar frente dos main events.
DJZ é um grande nome da X-Division |
Na X-Division também temos muita gente boa. Começando por DJZ (ou Zema Ion), que está na TNA por anos e sempre representou muito bem a divisão. Trevor Lee é outro cara com muito potencial, com seu estilo agressivo e técnica bem apurada. Assim como Andrew Everett, que é um high flyer de mão cheia, além de ser bastante técnico. Caleb Konley, Braxton Sutter e Marshe Rockett apareceram mais recentemente, e ao que parece todos têm mostrado muito potencial. Jessie Godderz é outro que tem feito um ótimo trabalho nos últimos programas, e pode muito bem ter seu destaque na divisão. Sobre o Suicide eu nem preciso dizer muito, pois o cara deve ser ótimo pra encarnar o personagem.
Abyss, Crazzy Steve e Rosemary - os Decay |
Entre as tag teams, tivemos a separação dos Wolves. Mas, como mencionei antes, acrescentará em outras divisões. Decay é uma ótima tag, talvez seja o único acerto de Billy Corgan, e deve tocar o terror na divisão com o estilo mais hardcore de Abyss e Crazzy Steve. Reno Scum já demonstrou talento em sua estréia no Impact, tanto que são os atuais campeões da GFW de Jeff Jarrett. Os L.A.X. também deverão chegar com tudo na divisão, pois sempre foi uma stable com tag teams de respeito. Laredo Kid e Garza Jr. também devem prometer, apesar de nunca tê-los visto antes, só pelo fato de serem luchadores já é esperançoso. E uma parceria que se mostrou interessante nos últimos meses foram Eli Drake e Tyrus, que também podem ter um destaque nessa divisão.
Brooke S2 |
Já as Knockouts, por mais que estivessem com poucas lutadoras boas, quase sempre se mostrou uma das divisões mais consistentes da TNA com suas ótimas performances. Hoje a TNA está melhor do que nos últimos dois anos. Tivemos os retornos da maravilhosa Brooke Adams (minha knockout favorita) e da cavala ODB. Por falar em cavala, também temos a impactante Sienna e a insanidade de Rosemary. Entre as mais experientes, temos Angelina Love e Madison Rayne que sempre fizeram um ótimo trabalho. Gail Kim (outra que amo) também, apesar de não estar listada, já disse que a empresa sempre poderá contar com ela. Allie talvez seja uma futura grande estrela na empresa, pois tem muito potencial e carisma. Não esquecendo também de Brandi Rhodes, esposa de Cody, que apesar de uma má postura por inexperiência, está sendo bem preparada para brilhar.
"MOOSE, MOOSE, MOOSE, MOOSE..." |
E a nova divisão Impact Grand Championship também tem tudo para se destacar. Bons nomes é que não faltam. Começando pelo atual campeão Moose, que tem potencial até para comandar main events. Assim como seu atual rival Cody Rhodes, que nunca foi tão bem aproveitado na WWE, apesar de seu talento incontestável. Aaron Rex (Damien Sandow na WWE) novamente deu uma bela errada em sua atual gimmick, mas é um cara que também tem potencial. E por falar em erro temos a stable DCC, que desperdiça James Storm, Bram e Kingston de uma só vez, sendo que todos têm potencial para brilhar em qualquer divisão (mas a mais provável é nessa). E provavelmente Eli Drake, Matt Morgan e Chris Adonis também possam ter algum destaque por aqui.
James Storm, Bram e Kingston - The DCC |
E pode dar errado?
Riscos sempre existem. Inclusive, a empresa já perdeu algumas oportunidades de fazer grandes cagadas em suas contratações nesses últimos tempos. Um ótimo exemplo disso foi falhar na contratação de uma bomba (literalmente) como o wrestler Ryback, ex-WWE. Sério, foi um verdadeiro alívio quando li a notícia de que ele não quis ingressar na empresa. Mas é claro que ainda há tempo de fazer umas burradas, desde contratações ruins até um booking de mal gosto. Afinal, isso sempre foi uma das maiores características da empresa. Mas felizmente, acho que talvez a hora seja da TNA mesmo. O tempo deve ter feito essa gente refletir e aprender sobre o quanto poder eles tinham em mãos, mas simplesmente jogaram tudo na vala. E com isso estou esperançoso, torcendo para que "façam da TNA grande de novo".
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