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quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Agents Of Mayhem

Informações
Nome: Agents Of Mayhem
Lançamento: 2017
Desenvolvedoras: Volition
Distribuidora: Deep Silver
Gênero: Ação
Plataformas: Xbox One, Playstation 4, PC


História
A história acompanha a agência MAYHEM, que é comandada pela autoritária (mas bem intencionada) Persephone Brimstone. MAYHEM se trata de uma organização formada por homens e mulheres de diversas partes do mundo, cheios de peculiaridades que se destacam como exímios combatentes. Todos com algum acontecimento que os marcaram na conhecida como "Noite Demoníaca", em que aconteceram ataques globais comandados pela maléfica LEGION. Com suas perdas particulares, Persephone se aproveita para motivá-los a se juntarem à sua causa para combater a LEGION, que deseja dominar o mundo comandada pelo megalomaníaco Dr. Babylon e chefiada pelo misterioso Morningstar.

Entre os agentes da MAYHEM estão o ator garanhão Hollywood, o marinheiro porradeiro Hardtack, a brasileirinha (com sotaque hispânico) nerd Fortune, a patinadora foderosa Daisy, o gelado de sangue quente Yeti, a carniceira Braddock, o hooligan alemão Red Card, a sábia arqueira Rama, a perua tecnológica Joule, o assassino da Yakuza Oni, a ninja mística Sheherazade e o gangsta de Stillwater Kingpin. Todos eles, em união com Persephone Brimstone, têm com o comum objetivo de salvar o mundo dizimando de Seul e do restante do planeta a sinistra organização LEGION e seus maléficos vilões.

MAYHEM Vs. LEGION

Análise
Que está cheio de games de mundo aberto, todos nós sabemos. O que começou com GTA, passou a ser quase uma regra em jogos AAA na atualidade. Mas passei a me enjoar de GTA e seus roteiros hollywoodianos sobre crime e dramas pessoais. Eu era muito fã do Vice City, que tinha aquela pegada anos 80. Mas no mais eu nem via muita diferença entre os demais games da franquia. Tempos depois apareceu Gun e Red Dead Redemption, que apesar de não chegar a jogar pra valer me atraem bastante pela temática Western. Além de jogos de máfia, como L.A. Noire e o próprio Mafia, mas que pra mim não chegam aos pés da adaptação do clássico "O Poderoso Chefão". Só que isso começou a ser um padrão demais. E cada vez mais realistas, com menos cara de jogos. Um realismo que às vezes eu acho chato.

Mas indo contra a maré do GTA, surgiu um game que bateu de frente por ser no mesmo estilo, mas que com o tempo passou a ter uma identidade própria por não se levar a sério. Se trata de Saints Row, game de mundo aberto que conseguiu se diferenciar de GTA. Enquanto GTA é digno de uma produção hollywoodiana, Saints Row beira um absurdo totalmente sem noção. Com inimigos que vão de gangues de gangstas, samurais, hackers e luchadores até zombis, aliens e demônios. Além das infinitas opções de customização, fazendo com que você deixe o jogo com a sua cara. Enfim, desde Saints Row 2 eu passei a nem sequer ter interesse por GTA. E foi assim que me tornei um fã da franquia. E é aí que entra Agents Of Mayhem, que é um sucessor espiritual do meu querido Saints Row.

Bota o óculos porque vai explodir (WTF?)

Agents Of Mayhem se trata de um Saints Row misturado com G.I. Joe em que você joga com trios de agentes entre 12 selecionáveis (e mais três que são DLCs). Sendo assim, o jogo não tem as inúmeras opções de customização de Saints Row. Mas ainda assim, dá bastante liberdade no gameplay como um todo ao ponto de nem sentir tanta falta das customizações. Os agentes têm a base chamada de ARK que é à parte do mapa de Seul. Nela você adquire tecnologias tanto da MAYHEM quanto da LEGION para incrementar as habilidades dos agentes com projetos e artefatos coletados durante a gameplay e missões explorando a cidade. Além de comprar melhorias para a base que beneficiam com benefícios que vão desde o custo de uso de recursos tecnológicos até facilidade na detecção de itens coletáveis. Além de poder escolher veículos, visuais (que são bem variáveis, apesar de não customizáveis) e poder conhecer detalhes pessoais dos agentes para ser ter uma profundidade maior sobre suas biografias e afinidades.

O roteiro é muito rico em referências da cultura Pop dos anos 80 e até atual, bem engraçado e cativante apesar de simples. Dei muita risada durante os diálogos e situações no gameplay. Resumindo, o game é tão pirado quanto Saints Row. Basicamente, são os heróis fodões conta os bandidos malvadões. Os gráficos são muito bonitos, apesar de não representar tão bem a geração atual. Mas digamos que isso nem é um problema pro estilo cartunizado, até porque eu pago muito pau pra esse estilo. O game tem algumas cutscenes, mas dá mais destaque para as CGs em formato de desenho animado anos 90. A introdução do game lembra bastante aquele desenho dos X-Men, na parte dos mocinhos e os bandidos indo de encontro na porrada. A trilha sonora é muito boa, só pecando por não ter estações de rádio dentro dos veículos. Mas apesar disso, cada veículo tem sua trilha. Todo o game tem composições próprias, inclusive com direito a música tema dando um show de nostalgia fazendo lembrar daquelas animações americanas estilo Tartarugas Ninja, He-Man e ThunderCats.

Daisy entrando na caranga com atitude

Falando nos agentes, cada agente tem suas peculiaridades que os tornam únicos em seu gameplay. Tanto é que o jogo pode ser tanto um shooter, um stealth e até mesmo um um hack’n’slash dependendo dos agentes que escolhemos para o trio. Assim como podemos evoluir a base ARK, também evoluímos os personagens com habilidades adquiridas nas coletas e com pontos ao ganhar nível (que vai até o 20 tanto pra base quanto para os agentes). Cada agente possui uma habilidade “mayhem”, que funciona como um especial em que os personagens causam um verdadeiro caos no cenário por um determinado tempo, fazendo estragos pra todo o lado. Exemplo: a câmera foca no agente Hollywood, que faz pose de galã canastrão e coloca seus óculos escuros no maior estilo “Duke Nukem”, e pra finalizar diz algo tipo “que toque a música de ação” e assim tudo explode a sua volta atordoando os alvos enquanto você toca o puteiro em todo o ambiente com uma trilha sonora épica. Mas mesmo sem a habilidade Mayhem, os estragos que fizemos pelo cenário durantes as batalhas são grandes. Porém, por vezes essas explosões pelo cenário causam a queda dos agentes se rolar aquele descuido à queima roupa sobre objetos explosivos.

Por outro lado, os inimigos da LEGION também determinam muito o que usaremos, pois também têm suas particularidades que podem tornar a sua vida bem difícil ao escolher um trio mal diversificado. São hordas nos repetitivos covis da LEGION, e na cidade eles aparecem com força mais extensa quanto mais você os elimina. Os inimigos são bem variados, normais, generais e até golems gigantes. Fora que eles não têm uma IA tão burra como nos jogos Saints Row. O que faz de AOM um game naturalmente mais difícil que seus antecessores espirituais. Os vilões da LEGION são chefões relativamente desafiadores e de variadas formas físicas, alguns com mais de uma. Ao todo são seis chefes, contando com Dr. Babylon. Todos muito caricatos, bastante carismáticos e exigem certas estratégias, não nos dando o luxo de simplesmente dar a cara a tapa atirando loucamente porque certamente morreremos facilmente se fizermos isso. Mas o jogo não é nada frustrante, tendo variados níveis de dificuldade que vão de acordo com o nível médio dos agentes utilizados e do seu progresso como um todo. A jogabilidade é bem gostosa e intuitiva.

Seul pelos olhos de uma brasileira

A exploração por Seul é bem gostosa de se fazer tanto a pé quanto com veículos. Corremos, escalamos, damos pulos triplos, dash, roubamos veículos. Além de usarmos os veículos especiais Mayhem os chamando direto para a gente bem no estilo batmóvel de Batman: Arkham Knight. Sempre com uma entrada triunfal se jogando com um teleporte cheio de estilo para dentro da caranga. Já em Seul, nos deparamos com um mapa extenso. Acredito que não seja grande como Stillwater (cidade de Saints Row: The 3rd e IV). Mas em compensação ele é tão bonito quanto, pois é uma Seul mais futurista. Porém, a cidade não é tão viva. A movimentação de veículos e NPCs não é tão ativa como em Saints Row. Mas os existentes são bem variados e têm diversos comportamentos e reações de acordo com as ações que rolam nas proximidades. O jogo tira muito sarro com a geração atual e sua dependência tecnológica, como pessoas tirando selfie no meio da rua. Ou então fazendo referências a virais da internet, dançando “Gangnam Style” (afinal, estamos em Seul) e entre outras bizarrices.

O jogo se divide em missões principais, side missions com os agentes que escolhemos para os trios. Mas há também as Global Missions, para utilizar aqueles agentes inativos em nossos trios para completar pequenas missões "no automático" mundo a fora, não os deixando no vácuo. No fim, mesmo com muito conteúdo o jogo não faz ponto sem nó e acaba aproveitando tudo o que é proporcionado. E como visto, o game também não nos poupa de referências, que rolam o TEMPO INTEIRO. Desde filmes, séries e desenhos animados dos anos 80-90, até nas diversas skins dos personagens com referências a super heróis da Marvel e DC, e muito mais coisas para os manjadores de plantão. Tudo muito encaixado nas características dos personagens, não fazendo ficar non sense, apesar de ao mesmo tempo ser. Não esquecendo também dos elementos presentes para os fãs de Saints Row. Figuras conhecidas como Kinzie, Pierce e Johnny Gat (é claro) estão presentes como agentes selecionáveis no game. E como um bom sucessor, o logo da flor de lis dos Saints não poderia ficar de fora no símbolo da MAYHEM. O que faz de Agents Of Mayhem um jogo indispensável para os fãs de Saints Row.


Trailer

segunda-feira, 10 de abril de 2017

Killer Instinct

Informações
Nome: Killer Instinct
Lançamento: 2013
Desenvolvedoras: Double Helix, Iron Galaxy, Rare, Microsoft
Distribuidora: Microsoft Studios
Gênero: Luta
Plataformas: Xbox One, PC


História
Num passado distante, onde ocorre no mundo uma guerra de proporções titânicas, dois lordes da guerra travavam uma batalha terrível entre si. Muitas pessoas eram mortas, exércitos eram destroçados e o mundo era colocado a prêmio. Decididos a acabar com isso, um grupo de heróis enfrenta bravamente os dois lordes inimigos, e criam um feitiço que sela os dois titãs no limbo. Temporariamente, a paz voltou a reinar. Do passado, passamos a um futuro caótico e não tão distante da nossa era. A poluição tomou conta do meio ambiente, os governos caíram. E o mundo é controlado por mega-corporações que se enfrentam e se destroem pelas riquezas do planeta. Entre elas está a Ultratech, a mais poderosa de todas.

Ao invés de entrar em conflitos diretos com outras corporações, a Ultratech se mantém vendendo armas avançadas para as corporações se destruírem. Mas a corporação não domina o mundo apenas através da venda de armas, mas também comandando a mídia sendo responsável pela organização do maior fenômeno televisivo do planeta: o torneio Killer Instinct. Além do entretenimento que proporciona aos expectadores, o torneio ainda serve como campo de testes para as armas da Ultratech. E nele promete-se aos vencedores tudo o que quiserem, o que não garante que a promessa será cumprida. Enquanto os perdedores sofrem um destino cruel nas mãos da empresa, acabando como cobaias ou mortas nas lutas.

Eis a maior arma da Ultratech: Fulgore

Entretanto, a Ultratech conseguiu retirar do vácuo um dos lordes da guerra, a criatura chamada Eyedol. E mesmo a Ultratech mostrou-se incapaz de conter o poder e a fúria do monstro. Orchid, uma das competidoras do Killer Instinct, enfrenta Eyedol em combate. Apesar da fúria e do poder do montro, a espiã surpreendentemente mata Eyedol, pondo um fim em seu reino de terror. Mas a morte de Eyedol gera uma quantidade massiva de energia, que faz com que todo o prédio da Ultratech e a cidade inteira sejam jogados 2000 anos no passado.

Consequentemente, são levados os competidores Jago, Combo, Orchid, Sabrewulf e um protótipo Fulgore (os dois últimos, armas da Ultratech). O ninja Jago pede ajuda ao seu espírito-guia, o "Espírito do Tigre", e é aí que ele se choca: o espírito-guia era nada menos que Gargos, o segundo lorde da guerra. Diferentemente de Eyedol, Gargos não conseguiu sair do limbo durante o primeiro Killer Instinct, mas passou a manipular Jago para a destruição de seu inimigo. E com a morte de Eyedol, Gargos estava livre novamente. Furioso, Jago jura vingança contra Gargos, enquanto Combo e Orchid tentam voltar para seu tempo.

Kim Wu e Tusk buscam o fim de Gargos

Durante a batalha surgem também guerreiros antigos ajudando os sobreviventes do futuro. O bárbaro Tusk, a rainha amazona Maya e a praticante de artes marciais Kim Wu. Mas, novamente, Orchid enfrenta o lorde. Durante a luta, Gargos revela a Orchid que ela e Jago são irmãos, e que a Ultratech enviou Fulgore ao passado uma vez para matar os dois ainda crianças, prevendo seus estragos, mas Fulgore só conseguiu matar os pais deles. Então descobre-se que os dois foram separados ainda crianças para segurança própria. No combate, Orchid derrota Gargos, mas não consegue matá-lo. Então Jago surge e acaba com a vida fim no lorde, concluindo sua vingança.

Em seguida, Jago e Orchid, sabendo que ambos são irmãos, se reencontram e voltam para o seu tempo, para terminar a luta contra a Ultratech. No decorrer de sua busca, eles descobrem que a corporação é liderada por uma inteligência artificial chamada Aria. Ela criou o torneio Killer Instinct, forçando a humanidade a evoluir ou morrer. Porém, um grande mal veio para conquistar nosso mundo. Gargos ainda está vivo e pretende invadir o presente dos lutadores. Agora os velhos inimigos devem forjar uma aliança... ou morrer sozinhos.

Ele está voltando...

Análise
A primeira vez que vi o primeiro Killer Instinct (vou abreviar pra KI) foi com o Super Nintendo. Tive uma ótima impressão só de ver o cartucho. Era a tal da fita preta. Ah, a famosa fita preta. E é uma fita preta com um puta robô ignorante com garras brilantes. Uma coisa meio Exterminador, meio Predador. Eu fiquei tipo "esse jogo deve ser insano". Liguei no meu Snes e me aparece o logo da Rare, logo de cara me vem Donkey Kong na cabeça, o que também foi um ótimo sinal. E junto aquela trilha sonora matadora, seguido de um "Killer Instinct" dito por uma voz estilo a do demônio daquele filme "Perigo Mortal" com o Chuck Norris. Enfim, foi um "ultra combo" de emoções a cada passo do jogo.

Ao jogar não foi diferente, poque o jogo era maravilhoso em todos os sentidos. Combos mais variados, violência extrema, trilha sonora matadora, personagens marcantes. Eu o joguei durante anos, descobri muitos "no mercy" (os "fatalitys" do game) sozinho. Já o segundo game eu joguei pouquíssimo. Na verdade foi a versão do Nintendo 64, Killer Instinct Gold. Notei melhorias, principalmente no visual. Achei os personagens novos até bem interessantes (apesar de ficar puto com a ausência de Riptor, meu favorito). Mas ele não me convenceu tanto como o primeiro game. Bom, já enrolei demais com minha retrospectiva... vou falar do KI atual!

Que ninjão da porra!

Foi o primeiro game que joguei no meu Xbox One. Desde seu lançamento, em 2013, que eu queria jogar. Pois nos vídeos eu vi que o visual dele ficou animal demais. Até hoje o game é bonito e representa muito bem a geração atual. Os cenários, os efeitos de cenário, elementos e de poderes. Não esquecendo no re-designe dos personagens, um melhor que o outro. O jogo tem uma jogabilidade bem leve e intuitiva, e é no formato 2.5D, no mesmo estilo dos novos Street Fighter e Mortal Kombat. Mas o jogo não é tão lembrando hoje em dia, pois foi lançado as pressas no "day one", que foi o dia do lançamento do Xbox One. Ele saiu bem incompleto. Se não me engano foram apenas 6 lutadores e suas arenas. Ok, o jogo veio gratuíto, porém a gente só poderia jogar com Jago contra os outros lutadores disponíveis. E ao longo do tempo foram adicionando novas temporadas, com mais pacotes de lutadores, suas arenas e alguns extras.

Hoje, 4 anos após seu lançamento, estamos na terceira temporada, com 28 lutadores disponíveis e suas arenas. Ainda estão lançando coisas pro jogo, pra terem uma noção. Semana passada liberaram o lutador inédito Kilgore. E acredito que ainda role mais atualizações. Mas no geral o jogo tá lindo de doer na alma. Está com uma trilha impecável, como sempre. Inclusive na "Definitive Edition" comprada em mídia física vem o CD com a trilha sonora completa. E, é claro, com todo o conteúdo liberado. E que conteúdo é esse? Todos os lutadores e arenas (é claro), as versões arcade dos antigos KI e KI 2 com extras, roupas e acessórios pra customizar os lutadores do jeito que achar melhor, e entre coisas nostálgicas, como os narradores dos dois jogos antigos. Não esquecendo também dos modos focados na história.

Vai amassar a lata...

Por falar na história, deu pra perceber que a história do KI definitivamente não é seu ponto forte. Apesar de ter sua originalidade, peca por ser superficial demais. O que não foi tão bem desenvolvido neste terceiro game que estou analisando. E sim, não se trata de um reboot, e sim de uma sequência direta. Porém, não colocaram o 3 no nome por problemas de legalizações, já que a desenvolvedora Rare agora é exclusividade da Microsoft. Algo que eu sinceramente não entendi, e nem quis entender porque detesto essas burocracias. Mas deixo claro que o game não é um reboot.

Sobre o modo história, tem o chamado "Shadow Lords". Ele é uma mistura de modo arcade com RPG, naquele estilo roguelike. Você tem a introdução, o lutador inicial (que é o Jago), e os tutoriais em forma de missão. No decorrer da campanha você vai vendo que se trata de um RPG, pois você vai coletando itens, percorrendo caminhos variados pra fazer missões diversas (em forma de objetivos de luta) e recrutando lutadores pra sua equipe. O que é legal é que em cada luta o lutador vai se desgastando, ficando mais fraco devido a fatiga das lutas anteriores, forçando a gente a escolher certo quem vamos colocar no grupo. Afinal, quanto menos trabalho tivermos, mais fácil será. O que não significa que seja fácil, pois não é.

Relembrando os bons tempos de Battletoads

Depois tem o "modo história", que é mais arcade. Ele é dividido pelas temporadas lançadas. Aí você tem os personagens lançado em tal temporada, sendo que cada um possui três finais diferentes. E você só os libera fazendo determinadas coisas, em determinados níveis de dificuldade. Lembrando que a terceira temporada desse modo ainda não foi liberada, apesar de já ter sido lançada com os personagens. Mas tá à caminho, assim como outras possíveis novidades., que podem incluir mais lutadores novos, além de possivelmente o "no mercy", que infelizmente ainda não tá no game, apesar das inúmeras possibilidades de ultra combo e os stage no mercy (que estão fodas demais). E por falar em ultra combo, as variações dele são infinitas. Já vi gente dando ultra combo de 2 mil hits na internet. E além da violência em si do ultra combo, há também as interações do cenário enquanto o lutador massacra o outro, juntamente com notas musicais dando um ritmo musical a toda essa brutalidade. É simplesmente insano!

Sobre os personagens, todos os lutadores estão de volta, além de personagens inéditos e algumas participações especiais. Entre os antigos destaco o ninja tibetano Jago, que ficou com um visual incrível. Acho que é o melhor ninja em termos visuais que já vi em games. Orchid também, está mais linda do que nunca e cheia de estilo. Eu acho que ela é a que mais representa o jogo, até pela trilha sonora dela sempre ser baseada em House Music, que era uma coisa bem popular nos anos 90. Thunder, Kim Wu, Glacius, Combo, Cinder, Sabrewulf e Eyedol também ficaram animais em suas versões novas. Há também o novo protótipo do Fulgore, além do meu querido Riptor estar de volta (bom, na verdade é um filhote do(a) antigo(a) Riptor, que morreu no primeiro game).

"Tenta a sorte, punheteiro!"

Entre os novos, destaco a assassina aranha Sadira, o feiticeiro meio múmia Kan-Ra, o golem gigante Aganos, a jovem fantasma vingadora Hinako (que foi inspirada nesses filmes de terror orientais), e a super robô Aria. Há também o Shadow Jago, que é uma versão "evil" e bem interessante do ninja. Não esquecendo também das participações especiais de Rash dos Battletoads (representando a Rare), Árbitro de Halo e General Raam de Gears of War (ambos representando a Microsoft). Bom, citei quase todos. Na real, todos os personagens são ótimos, originais e bastante diversificados em seus estilos de luta e caracterizações.

Encerrando o post, KI é um jogo excelente que estou adorando cada vez mais. Apesar de ter sido lançado em longas prestações e ser prejudicado por isso, ainda está valendo muito a pena. Seu conteúdo é muito rico, e pode aumentar ainda mais. Além de ser um divertido game de luta, indispensável para quem possui um Xbox One. Ainda tem muita gente jogando online, tanto do Xone quanto do PC. É um game de luta tão bom e atual quanto os que estão sendo lançados atualmente.
 

Trailer

quarta-feira, 15 de março de 2017

"Make Impact Wrestling great"… como???


Fazia tempo que não publicava aqui no blog. E nunca pensei que quando voltasse a publicar seria sobre wrestling. Mas é coisa de fã que a tempos estava desiludido. Até semanas atrás, quando a falecida TNA (não para mim, pois chamarei assim sempre), que agora se chama apenas Impact Wrestling, começou a trabalhar com uma nova gestão que envolve os retornos de Bruce Prichard, e do casal Jeff e Karen Jarrett, além da nova majoritária Anthem Sports. E tudo começou muito bem, por incrível que pareça. Tão bem como não ia desde 2013, época em que Dixie Carter era majoritária e tem feito cagadas irreversíveis na sua gestão. Cagadas como fazer com que wrestlers que hoje estão no auge de suas carreiras por serem bem aproveitados em federações como WWE, ROH e NJPW. Nada mais, nada menos que AJ Styles (principal nome da WWE hoje), Samoa Joe, Bobby Roode, Eric Young, Christopher Daniels, Frank Kazarian, e entre outros grandes nomes que a TNA teve em seu incrível roster em anos anteriores.

AJ Styles como WWE Champion

Mas é claro que Dixie Carter não foi a única culpada. Muito disso se deu também pela incompetência de figurões já conhecidos por suas gestões atrapalhadas, como Eric Bischoff. E até mesmo por Jeff Jarrett, que apesar de entender muito do assunto, foi um bocado saudosista em suas preferências em promover medalhões já consagrados, (como Sting, Kurt Angle e Mick Foley) a ponto de praticamente esquecer de suas novas grandes estrelas em divisões "inferiores", estrelas que só hoje têm mais reconhecimento em outras federações.

"Agora é a vez dos véio... de novo!!!"

E apesar da TNA ter focado um pouco mais em novos possíveis ídolos nesses últimos anos, isso não foi suficiente para segurá-los com boas propostas. A empresa esteve em mals lençóis financeiramente, além de acumular uma má fama terrível pelas suas más gestões. Mas principalmente pela visível incompetência de Dixie Carter & Cia,. Dixie até tentou inovar botando nomes como Billy Corgan (vocal do Smashing Punpkins), que possuía alguma experiência pela sua federação indie, a Resistence Pro Wrestling. Mas a sua chegada só piorou as coisas, que até estavam indo bem no início de 2016. E assim foi mais um ano em que a TNA se arrastou, estando quase morta e com boatos de uma possível falência. Boatos mais recorrentes até do que nos anos anteriores, em que a empresa esteve ameaçada por dificuldades enormes em conseguir alguma emissora para transmitir sua programação.

Qual foi a asneira que a Dixie disse aqui? hahaha

Mas o que mudou?
Os novos gestores, já citados no início do post, passaram a querer fazer com que a TNA voltasse a ter talentos. E melhor ainda, focar nesses talentos. E assim o discurso de “make Impact Wrestling great” passou a virar a mais recente proposta, desde os tempos em que a coisa ainda andava com “wrestling matters here”. O último programa Impact Wrestling (exibido em 09/03/2016) teve como introdução (que colouei no final da postagem) um destaque para todas as boas fases da empresa. Usando da nostalgia para dar esperanças aos seus fãs. Mas além disso, passou a ser noticiado várias contratações. Personalidades e wrestlers já conhecidos da empresa, novos até então desconhecidos e outros já conhecidos de outras federações famosas. Além de manterem alguns wrestlers hoje indispensáveis para empresa, pois já possuem certa identidade dentro do negócio.

"The Ass-kicking Machine" EC3

Apesar das perdas de Drew Galloway, Mike Bennett, Maria Kanellis, Jade, Jeff e Matt Hardy, a TNA fez ótimas reposições. Agora o roster está mais diversificado e jovem, e até um pouco nostálgico. Entre os velhos conhecidos, estão a stable Latin America Xchange (L.A.X.), e os já campeões pela empresa ODB, Magnus, Matt Morgan, além do recente retorno de Brooke Adams. Entre os desconhecidos estão as duplas Laredo Kid & Garza Jr. e Reno Scum, além do novo wrestler que incorpora o já conhecido personagem Suicide. E entre já famosos em outras empresas, estão Chris Adonis (Masters na WWE) e Alberto “El Patrón” (Del Rio na WWE). E não descartando a possibilidade de que mais reforços podem vir. Outra boa notícia é que a TNA agora será transmitida por duas emissoras, Spike TV no Reino Unido e Pop TV nos EUA. O que faz com que a limitação do novo estilo de contrato da empresa (que se baseia em pagamento por lutas) seja bem visto pelos wrestlers terem mais visibilidade na TV, além de terem a liberdade para lutar por outras empresas. O que é, de certa forma, bom para todos. E ao que parece o respeito voltou!

Cody (campeão GFW) e Brandi Rhodes - O Casal Impact

E no ringue?
Agora a TNA possui quatro divisões de títulos que podem ser muito bem divididos com o plantel atual. Se souberem fazer uma boa divisão para valorizar todos os títulos e um bom booking, a coisa tem tudo para andar muito bem. E tudo está se encaminhando para que isso aconteça.

Alberto mostrando quem é "El Patron"

Alberto “El Patrón” já chegou mostrando quem manda. Ok, ele não é o melhor e nem o mais carismático da divisão principal da empresa. Mas ele tem potencial pra isso, pelo menos mais que Bobby Lashley, que reinou em quase todas as divisões ano passado e ainda criou uma divisão baseada nas regras de MMA. E por falar em carisma, temos Ethan Carter III, que foi uma das únicas poucas coisas que Dixie Carter realmente acertou em sua gestão. EC3 tem tudo para se tornar o “top guy” da TNA, desde talento até apoio do público em sua maioria. Também temos o possível retorno de Magnus, que também já teve seu reinado na TNA. Eddie Edwards e Davey Richards também devem contribuir demais na divisão, pois apesar da separação da tag The Wolves, eles individualmente também são muito capazes de tomar frente dos main events.

DJZ é um grande nome da X-Division

Na X-Division também temos muita gente boa. Começando por DJZ (ou Zema Ion), que está na TNA por anos e sempre representou muito bem a divisão. Trevor Lee é outro cara com muito potencial, com seu estilo agressivo e técnica bem apurada. Assim como Andrew Everett, que é um high flyer de mão cheia, além de ser bastante técnico. Caleb Konley, Braxton Sutter e Marshe Rockett apareceram mais recentemente, e ao que parece todos têm mostrado muito potencial. Jessie Godderz é outro que tem feito um ótimo trabalho nos últimos programas, e pode muito bem ter seu destaque na divisão. Sobre o Suicide eu nem preciso dizer muito, pois o cara deve ser ótimo pra encarnar o personagem.

Abyss, Crazzy Steve e Rosemary - os Decay

Entre as tag teams, tivemos a separação dos Wolves. Mas, como mencionei antes, acrescentará em outras divisões. Decay é uma ótima tag, talvez seja o único acerto de Billy Corgan, e deve tocar o terror na divisão com o estilo mais hardcore de Abyss e Crazzy Steve. Reno Scum já demonstrou talento em sua estréia no Impact, tanto que são os atuais campeões da GFW de Jeff Jarrett. Os L.A.X. também deverão chegar com tudo na divisão, pois sempre foi uma stable com tag teams de respeito. Laredo Kid e Garza Jr. também devem prometer, apesar de nunca tê-los visto antes, só pelo fato de serem luchadores já é esperançoso. E uma parceria que se mostrou interessante nos últimos meses foram Eli Drake e Tyrus, que também podem ter um destaque nessa divisão.

Brooke S2

Já as Knockouts, por mais que estivessem com poucas lutadoras boas, quase sempre se mostrou uma das divisões mais consistentes da TNA com suas ótimas performances. Hoje a TNA está melhor do que nos últimos dois anos. Tivemos os retornos da maravilhosa Brooke Adams (minha knockout favorita) e da cavala ODB. Por falar em cavala, também temos a impactante Sienna e a insanidade de Rosemary. Entre as mais experientes, temos Angelina Love e Madison Rayne que sempre fizeram um ótimo trabalho. Gail Kim (outra que amo) também, apesar de não estar listada, já disse que a empresa sempre poderá contar com ela. Allie talvez seja uma futura grande estrela na empresa, pois tem muito potencial e carisma.  Não esquecendo também de Brandi Rhodes, esposa de Cody, que apesar de uma má postura por inexperiência, está sendo bem preparada para brilhar.

"MOOSE, MOOSE, MOOSE, MOOSE..."

E a nova divisão Impact Grand Championship também tem tudo para se destacar. Bons nomes é que não faltam. Começando pelo atual campeão Moose, que tem potencial até para comandar main events. Assim como seu atual rival Cody Rhodes, que nunca foi tão bem aproveitado na WWE, apesar de seu talento incontestável. Aaron Rex (Damien Sandow na WWE) novamente deu uma bela errada em sua atual gimmick, mas é um cara que também tem potencial. E por falar em erro temos a stable DCC, que desperdiça James Storm, Bram e Kingston de uma só vez, sendo que todos têm potencial para brilhar em qualquer divisão (mas a mais provável é nessa). E provavelmente Eli Drake, Matt Morgan e Chris Adonis também possam ter algum destaque por aqui.

James Storm, Bram e Kingston - The DCC

E pode dar errado?
Riscos sempre existem. Inclusive, a empresa já perdeu algumas oportunidades de fazer grandes cagadas em suas contratações nesses últimos tempos. Um ótimo exemplo disso foi falhar na contratação de uma bomba (literalmente) como o wrestler Ryback, ex-WWE. Sério, foi um verdadeiro alívio quando li a notícia de que ele não quis ingressar na empresa. Mas é claro que ainda há tempo de fazer umas burradas, desde contratações ruins até um booking de mal gosto. Afinal, isso sempre foi uma das maiores características da empresa. Mas felizmente, acho que talvez a hora seja da TNA mesmo. O tempo deve ter feito essa gente refletir e aprender sobre o quanto poder eles tinham em mãos, mas simplesmente jogaram tudo na vala. E com isso estou esperançoso, torcendo para que "façam da TNA grande de novo".