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domingo, 10 de abril de 2016

Batman vs Superman: A Origem da Justiça (2016)

Sou um grande fã de histórias em quadrinhos (ou HQs). Desde que me entendo por gente, sempre apreciei de alguma forma a nona arte. Ganhava essas revistas mesmo quando não sabia ler. Recortava os desenhos dos personagens de corpo inteiro para brincar de bonecos (pois meu pai era mão de vaca e não me presenteava muito). Enfim, quando aprendi a ler e comecei a ganhar HQs, passei a tratá-las mais do que apenas brinquedos. Enfim, são 20 anos lendo quadrinhos desde formatinho até essas mais atuais de formato americano e encadernados (e scans, é claro).

Mas não posso deixar de dizer que meus heróis favoritos são os da DC Comics. Lembro da primeira HQ do Batman que li, se chamava “A Vingança de Bane”. Apesar de não ser bem sobre Batman, adorei a forma como a história foi contada e a violência que havia nela. Desde então o Bat-Universo passou a me chamar mais atenção. Junto ainda haviam os filmes do Tim Burton e Joel Schumacher (adorava quando pequeno), as animações com brinquedos e os games. Pra mim, sempre infinitamente melhores e à frente dos demais naquela época... e ainda é. Enfim, sou suspeito pra falar, amo Batman. Já o Superman eu nunca tive tanto contato, a não ser pela série Lois & Clark: As Aventuras de Superman, que eu adorava. Assim como pela animação e games, mas que não eram tão bons quanto as coisas do morcegão.


Mas uma coisa que sempre me incomodou um pouco é a idéia de duelos entre Batman e Superman. Ok, eu adoro o “Cavaleiro das Trevas” do Frank Miller (o primeiro, porque o segundo... meldels). Mas essa coisa de medir forças sempre foi algo absurdo, ao meu ver. Mas como comparações são inevitáveis, com a febre dos filmes baseados em HQs, era previsível que esse embate aconteceria. E não deu outra. Com extrema esperteza, a DC decidiu abrir seu universo cinematográfico de forma objetiva, colocando o tal duelo de titãs logo no segundo filme.

E assim o hype aconteceu, mesmo com a divulgação não tão boa de seus trailers duvidosos com os elementos do filme num contexto geral. Mas o marketing foi fortíssimo com toda essa febre nerd da atualidade, não tinha como dar errado. Foi basicamente juntar a fome com a vontade de comer. Então, sem muita expectativa e esperando por algumas coisas, assistí ao tão esperado Batman vs Superman: A Origem da Justiça (vou abreviar para BvS), do qual eu vou falar agora. “Para o alto e avante”... ops, fique com a crítica logo abaixo!


Sinopse: O confronto entre Superman e Zod em Metrópolis fez com que a população mundial se dividisse acerca da existência de extra-terrestres na Terra. Enquanto muitos consideram o Superman como um novo deus, há aqueles que consideram extremamente perigoso que haja um ser tão poderoso sem qualquer tipo de controle. Bruce Wayne é um dos que acreditam nesta segunda hipótese. Sob o manto de um Batman violento e obcecado, ele investiga o laboratório de Lex Luthor, que descobriu uma pedra verde que consegue eliminar e enfraquecer os filhos de Krypton.

Informações
País: EUA
Gênero: Ação, ficção científica
Direção: Zack Snyder
Produtores: Charles Roven, Deborah Snyder
Roteiro: Chris Terrio, David S. Goyer
Elenco: Ben Affleck, Henry Cavill, Jesse Eisenberg, Amy Adams, Jeremy Irons, Diane Lane, Gal Gadot, Laurence Fishburne, Holly Hunter
Distribuidora: Warner Bros. Pictures
Duração: 151 minutos


Análise
Na introdução já deu pra perceber que eu sou fã de quadrinhos desde piá. E, obviamente, queremos que qualquer tipo de adaptação retrate bem sobre determinadas histórias. Basicamente, ser uma adaptação fiel. Mas uma coisa deve-se considerar: se for muito fiel o fator surpresa não existirá. Fora que perderá a oportunidade de oferecer um produto original. Apesar de ousado e até polêmico, fugir da fórmula tradicional das adaptações cinematográficas atuais é um possível fator tanto de amor quanto de ódio para o público no geral. E esse é o caso de BvS, em que o diretor Zack Snyder fez tudo corajosamente do seu modo, como vem fazendo insistentemente ao longo de sua carreira.

E falando em amor e ódio, o filme trata de um tema bem recorrente nos dias de hoje. É a necessidade que as pessoas têm de amar e odiar, escolher um lado cegamente, independente das razões e qualidades que o outro lado tem. E vemos isso de muitas formas, desde coisas mais sérias como PTistas vs Coxinhas, até coisas mais irrelevantes como #TeamCap vs #TeamStark. Acho que competições ou concorrências são coisas saudáveis. Mas hoje em dia a alienação das pessoas é tão bizarra que também é capaz de acabar em ataques pessoais e pancadaria. E o mais tenso é que, assim como os nossos super heróis, no fundo todos estamos no mesmo barco. Mas mesmo assim, cegamente, agredimos uns aos outros. Sei que pode soar exagerado, mas o atual momento é isso mesmo.

Uma das cenas mais lindas e sinistras ao mesmo tempo

Sobre o filme, pelos trailers lançados fiquei meio frustrado e sem expectativas. Talvez isso tenha sido um fator positivo ao assistí-lo, já que fui sem muita sede ao pote. Achava que os trailers entregavam muita coisa que deveria ser surpresa, até mesmo algumas referências. E sabendo que se trata do Snyder, e pelo tempo de duração, achei que seria "mais do mesmo" do que já sabemos dos personagens. E de certa forma até foi. Mas surpreendentemente sua complexidade à beira da confusão se desenrolou com desfechos simples. Não acho que foram previsíveis, mas somando isso com a trama amarrada pode ter tornado a experiência meio cansativa para muitos. Foi como assistir um Watchmen (também do Snyder) numa versão mais épica da cultura pop. Nem tô dizendo que BvS seja uma adaptação quase perfeita como Watchmen foi pra mim, pois não é. Mas é o tipo de filme que não cai no gosto de uma grande massa.

Sua grandeza não vem da produção em si, apesar de todo o investimento. Watchmen não é uma produção que chama a atenção se você não for um fã de quadrinhos. BvS não é uma produção popular pelo seu estilo, mas sim pelo seus personagens e o marketing que esse tipo de filme tem hoje em dia. Ao contrário do que a Marvel fez com Deadpool. Muita gente nem sabia da existência dele até o anúncio do filme. E qualquer um sabe que Deadpool não tem a importância do Batman. Mas teve uma produção focada em atingir mais público pelo seu estilo irreverente. Assim como Guardiões da Galáxia e Homem-Formiga. Eu gosto desse tipo de produção do Snyder, nem tenho muito o que reclamar. Mas acho que se o foco da Warner / DC é atingir uma popularidade, é bom Snyder começar a ter idéias menos egoístas para as próximas produções.

Batman no melhor estilo Cavaleiro das Trevas

A fotografia está muito bacana, e retrata muito bem o universo DC. É complicado adaptar o universo do Superman, assim como o herói em si. Superman é aquele legítimo herói "oldschool" que deu origem a inúmeros outros. Mas que sempre foi um problema de adaptar, principalmente depois dos filmes brilhantes de Richard Donner, com Christopher Reeve. Encaixar seu estilo na era moderna, assim como nas HQs, foi um problema ao longo dos anos. Quem dirá contrastando com o universo sombrio do Batman. Mas, por incrível que pareça, acho que desta vez acertaram a mão. O clima urbano de Metrópolis, com aquela coisa cinzenta. Diferente daquela coisa cheia de vida em Nova York, Times Square, etc. Além da ótima escolha do ator para a sua caracterização.

E já emendando, o elenco também fez bem a sua parte. Como já mencionei, Henry Cavill está sendo um ótimo Superman. Seu físico é o ideal para o papel, assim como consegue transmitir serenidade e ira. É um personagem imaturo, com defeitos, meio diferente do que estamos familiarizados. Mas é uma adaptação e um novo universo em meio a vários multiversos, então é totalmente compreensível. Assim como o Batman de Ben Affleck também tem suas diferenças em relação ao que estamos acostumados. Eu questionei a escolha dele para o papel, pois pra mim ele é uma espécie de Adam Sandler versão galã. Mas ele me surpreendeu, pois vi um Batman agressivo ao extremo, lembrando bastante a franquia de games Arkham. E até deixou dúvidas quanto a matar bandidos. O que talvez demonstre um desequilíbrio emocional, que está em evidência no filme. Mas vamos lembrar que ele é um Batman mais velho, calejado, com uniforme surrado e revoltado por tudo o que está acontecendo. Gostei dele tanto quanto gostei do Batman do Christian Bale. Quanto a Mulher-Maravilha, ela não tem grande participação. Mas quando aparece pra valer, definitivamente, rouba a cena. Já o Lex Luthor do Jesse Eisenberg não me agradou muito. Detestei a escolha dele para o papel. Sei que ele é um ótimo ator e correspondeu as expectativas da produção. Mas não gostei de sua caracterização. Assim como o Coringa de Jared Leto, do esperado Esquadrão Suicida.

A Trindade

O filme não é perfeito. Tem sim algumas falhas, furos de roteiro e excesso de CGI (mas já esperava por isso, se tratando do Zack Snyder). Mas nem perto do que os críticos "especializados", e os maria vai com as outras, estão pregando por aí. Numa escala de 1 a 10, pode-se dizer que 2 é um número justo para representar a quantidade de falhas do filme. Não quero citar algum em particular, até porque pra isso terei que dar spoilers. Mas o que posso dizer é que muito disso vem da implicância com Zack Snyder, falta de bom senso e desinformação dos expectadores. O pior é que os críticos de adaptações de quadrinhos estão muito mais chatos que críticos de adaptações de livros. A diferença é que os críticos de adaptações de livros lêem os livros. Já os de HQs falam mal de algo que mal conhecem.

Não que eu ache que ler HQs seja obrigatório. Mas as pessoas precisam entender que heróis com 80 anos de existência têm muito mais informações do que lêem diáriamente em sites "resumão" como Legião de Heróis. Definitivamente, não podemos nos basear por matérias do tipo "10 coisas que precisamos saber sobre Batman". Um personagem como Batman tem mais de 75 anos de existência e já passou por muitos autores. Da Era de Ouro à Era Moderna, se viu muitos Batmans. É um multiverso. Não existe uma versão absoluta. Existe o que estamos mais acostumados. E BvS é um novo universo, e Snyder é mais um dos inúmeros autores que estão criando em cima disso. Resumindo, apesar de toda essa polêmica, más interpretações e por não ser 100% do meu agrado, acredito que o universo cinematográfico DC começou muito bem e está bastante consistente.


Trailer

terça-feira, 22 de março de 2016

Top 10 - Mickey Rourke

Definitivamente, gostei da idéia dos Top 10 sobre atores. No outro post, sobre Michael Wincott, descobri que além de destacar performances não tão populares de atores que considero ótimos, isso faz com que eu tenha um padrão do que assistir em momentos de confusão. Não tem aquelas horas em que você está com vontade de ver algo, mas não tem idéia? Então, dessa forma eu sempre sei o que assistir tendo um determinado ator como motivo pra escrever sobre aqui no blog.


Desta vez quero falar sobre as melhores performances do grande e querido, mas também polêmico, Mickey Rourke. Rourke teve um começo bem promissor, chegando a ter um status de galã de Hollywood. Mas durante sua ascensão, Rourke optou por seguir sua outra paixão, o Boxe. E durante alguns anos lutou mais como amador do que profissional. Apesar de invicto, não teve grande êxito no esporte, voltou para o cinema. Porém com cicatrizes em seu rosto que o obrigaram a apelar para cirurgias plásticas. E com isso passou a fazer papéis menores em filmes sem tanta relevância. Mas, como todo o bom ator, apesar de todas as dificuldades, Rourke ainda tem grandes feitos. E este post está aqui pra mostrar do que Mickey Rourke é e já foi capaz de fazer. Enfim, vamos à lista:


#10 Ashby Holt (Ashby)
Filme do gênero drama em que Rourke interpreta um ex agente da CIA e assassino profissional veterano que está com uma doença terminal. Até que conhece um garoto de 17 anos, interpretado por Nat Wolff, que precisa fazer um trabalho escolar com o objetivo de registrar experiências de vida de um idoso. Só que com o passar do tempo o jovem descobre sobre seu passado obscuro, ao mesmo tempo que Ashby quer fazer as pazes com sua vida e com Deus antes de sua morte. O filme conta também com Emma Roberts e Sarah Silverman.

#09 John Sedley (Um Rosto Sem Passado)
Nesse filme policial Rourke interpreta um vigarista conhecido como Johnny Bonitão, apelido irônico por ter seu rosto desfigurado. Durante um roubo, John foi esfaqueado por outro bandido numa cilada armada por seu ex cúmplice e agora inimigo, interpretado por Lance Henriksen. No hospital da prisão John é tratado por um cirurgião, interpretado por Forest Whitaker, que acredita em sua reabilitação caso tenha seu rosto reconstruído. Com um novo rosto e em liberdade condicional, John parece disposto a levar uma vida honesta. Mas ao mesmo tempo está sendo investigado por um policial linha dura, interpretado por Morgan Freeman, que não acredita nas boas intenções de John. O filme também conta com Elizabeth McGovern.

#08 John Gray (9 1/2 Semanas de Amor)
Romance erótico dirigido por Adrian Lyne. Rourke interpreta um ricaço galã que se envolve com uma mulher sensual, interpretada por Kim Basinger, funcionária de uma galeria de arte. Rapidamente começam a praticar jogos sexuais intensos, que passam a tornar o relacionamento cada vez mais complexo e difícil de ser controlado. Acredito que esse filme tenha influência sobre 50 Tons de Cinza.

#07 Harold R. Angel (Coração Satânico)
Baseado no livro de William Hjortsberg, neste grande suspense Rourke interpreta um detetive particular que é contratado por um misterioso cliente, interpretado por Robert De Niro, para localizar um cantor que está lhe devendo. Durante sua investigação, Harold entra em uma trama cheia de mistério e morte, ficando cada vez mais confuso a cada passo dado. O filme também conta com Lisa Bonet.

#06 O Motoqueiro (O Selvagem da Motocicleta)
Drama dirigido por Francis Ford Coppola. Nele Rourke interpreta um jovem motoqueiro que é uma espécie lenda para jovens de uma pequena cidade industrial em decadência. Seu irmão caçula é um líder de gangue, interpretado por Matt Dillon, que vive na sombra de seu irmão que deixou a cidade para começar outra vida. E assim se sente na obrigação de ser um líder à altura de seu irmão mais velho. O filme também conta com Dennis Hopper, Diane Lane e Nicolas Cage.

#05 Henry Chinaski (Barfly - Condenados pelo Vício)
Neste drama baseado na obra de Charles Bukowski, Rouke interpreta um escritor alcoólatra. Durante uma de suas noitadas regradas a álcool e brigas conhece uma mulher atraente, mas também alcoólatra, interpretada por Faye Dunaway. Juntos iniciam um romance conturbado e destrutivo.

#04 Butch "Bullet" Stein (Bullet)
Drama policial em que Rourke interpreta um gangster judeu viciado em drogas que, após passar oito anos na prisão, consegue liberdade condicional. Fora da prisão, e de volta a sua antiga perigosa rotina nas ruas, ele terá que confrontar com seu velho inimigo traficante, interpretado por Tupac Shakur. Além de lidar com seus problemas familiares. O filme também conta com Adrien Brody. Foi o primeiro filme com Rourke que assisti.

#03 Marv (Sin City)
Adaptação da HQ de Frank Miller, dirigido por Robert Rodriguez e Quentin Tarantino. Nem preciso falar muito sobre o filme. Nele Rourke interpreta Marv, um brutamontes brigão de rua com o rosto deformado que anda pela cidade "prestando serviços" para a comunidade. Mas apesar de ser extremamente violento, Marv é um homem que honra seus compromissos, além de tratar mulheres como um legítimo gentleman. Sendo assim Marv tem um grande senso de justiça.

#02 Stanley White (O Ano do Dragão)
Filme de ação dirigido por Michael Cimino. Nele Rourke interpreta um policial de personalidade questionável. Porém altamente condecorado e veterano da Guerra do Vietnã, e é do tipo que é capaz de qualquer coisa para garantir que a justiça seja feita. Isso o torna no novo chefe de polícia em Chinatown e vai bater de frente com um mafioso chinês, interpretado por John Lone, que logo se torna o líder do crime local. Com isso as ruas de Chinatown tendem a se tranformar num cenário sangrento de conflitos que vão quebrar todos os tipos de regras.

#01 Randy "Carneiro" Robinson (The Wrestler)
Eis o drama que rendeu um Globo de Ouro e uma indicação ao Oscar para Rourke. Nesse ele interpreta um solitário e famoso wrestler que se sustenta através de lutas e também de "bicos" que faz em um super mercado. Após um intenso combate Hardcore, Randy sofre um infarto. E, após uma cirurgia, é informado que corre risco de vida se voltar a lutar. Assustado, ele procura dividir sua angústia com uma stripper, interpretada pela tesuda Marisa Tomei, por quem tem sentimentos. Além de tentar retornar contato com sua filha, interpretada por Evan Rachel Wood, que foi abandonada por ele. Sendo assim, Randy está dividido entre um passado de glórias e um futuro incerto. Sem dúvidas, meu filme favorito com Mickey Rourke e primeiro da lista!


Menções Honrosas

Martin Fallon (Prece Para Um Condenado)
Filme de ação e drama em que Rourke interpreta um terrorista irlandês que tenta explodir um caminhão do exército britânico, mas acaba matando acidentalmente um grupo de crianças em um ônibus escolar. Depois da fatalidade, ele decide abandonar a organização que trabalha e tenta começar uma vida nova. Porém, passa a ser perseguido por sua antiga organização, pela polícia e pela máfia. Até que um chefe do crime local, interpretado por Alan Bates, diz que vai ajudá-lo se cumprir uma última missão: matar um padre que testemunhou um assassinato.

Michael Bosworth (Horas de Desespero)
Nesse suspense policial, também dirigido por Michael Cimino, Rourke interpreta um criminoso psicopata que está sendo julgado. Ele seduz sua advogada, interpretada por Kelly Lynch, que o ajuda a escapar, mas enquanto fogem ela fica para trás. Com isso ele e seus capangas decidem esperar por ela e se escondem na casa de uma família. Mas essa família também tem seus problemas, pois o casal, interpretados por Anthony Hopkins e Mimi Rogers, está se separando.

Robert "Boogie" Sheftell (Diner)
Comédia dramática em que Rourke interpreta um jovem com mania de jogo, que trabalha em um salão de beleza e sonha em fazer faculdade de direito. Boogie está sofrendo ameaças, pois deve um valor considerável. E cabe a ele conseguir dinheiro à tempo, além de lidar com seus amigos de longa data, que também estão passando por situações diversas. O filme também conta com Kevin Bacon, Steve Guttenberg, Daniel Stern e Tim Daly.

Harley Davidson (Harley Davidson & Marlboro Man)
Filme cult de ação em que Rourke interpreta um motoqueiro que sempre está junto de seu amigo cowboy, interpretado por Don Johnson. Ambos ficam sabendo que um velho amigo vai perder seu bar, pois o banco quer construir um novo complexo e, para não ter seus planos atrapalhados, exige mais de 2 milhões de dólares para renovar o aluguel por cinco anos. Para ajudar, eles planejam assaltar o carro blindado do banco para conseguir o dinheiro. E com êxito conseguem. Porém descobrem que ao invés de dinheiro, roubaram um carregamento de uma droga altamente vicianate e que causa mortes em boa parte dos usuários. E assim a dupla e seus amigos passam a ser caçados pelos traficantes comandados pelo administrador do banco, interpretado por Tom Sizemore, que também é contrabandista. O filme também conta com Chelsea Field, Daniel Bawdwin, Vanessa Lynn Williams, Tia Carrere e Big John Studd.

Johnny Walker (Chance de Vencer)
Com roteiro de Mickey Rourke, neste filme ele interpreta um cowboy que decide investir na carreira de boxeador. Apesar de não ser um grande pugilista, Johnny chama a atenção de um malandro, interpretado por Christopher Walken, que decide ser seu empresário. Mas que na verdade pretende usá-lo para dar um golpe e lucrar em cima de Johnny. Não percebendo isso, Johnny só tem olhos para o ringue e para a mulher por quem se apaixonou, interpretada por Debra Feuer.

Rei Hipérion (Imortais)
Baseado na mitologia grega, nesse filme Rourke interpreta um rei que está em busca da imortalidade, propagar seus descendentes para que seu nome sempre seja lembrado. Com isso tenta libertar os Titãs do Tártaro. Para isso, precisa conseguir a localização de onde esta o arco de Épiro. No processo, Hipérion mata a mãe de Theseus, que é interpretado por Henry Cavill, e este passa a buscar vingança. O filme também conta com Luke Evans e Stephen Dorff.

Ivan Vanko / Whiplash (Homem de Ferro 2)
Outra adaptação de HQ, que também nem tenho muito o que dizer. Nela Rourke interpreta um físico brilhante que constrói um reator arc, como o do Homem de Ferro, para si mesmo. Ele utiliza energia elétrica para que os chicotes em seus praços passem a ser armas de destruição. Com isso cria o alter-ego Whiplash, e busca se vingar de Tony Stark, interpretado por Robert Downley Jr., pelos atos de sua família no passado. O filme também conta com Gwyneth Paltrow, Scarlett Johansson, Don Cheadle, e Samuel L. Jackson.

Armand "Blackbird" Degas (Killshot)
Suspense dirigido por John Madden, em que Rourke interpreta um matador da máfia que se une a um jovem delinquente, interpretado por Joseph Gordon-Levitt, para extorquir 20 mil dólares de um corretor imobiliário. Mas o golpe deles é descoberto por um casal, interpretados por Thomas Jane e Diane Lane, que acaba se tornando seus novos alvos.

Charlie Moran (Nos Calcanhares da Máfia)
Fruto da parceria entre Stuart Rosenberg e Michael Cimino, neste drama Rourke interpreta um jovem que perde seu emprego em um restaurante e está com problemas financeiros. Então seu primo problemático, interpretado por Eric Roberts, tem o plano de roubar 150 mil dólares para apostar numa corrida de cavalos praticamente ganha. Mas o que era pra ser apenas um roubo, acaba se tornando algo mais sério. O dinheiro pertence à máfia e ao corrupto departamento de polícia de Nova Iorque. O filme também conta com Daryl Hannah e Burt Young.

Ed Mosebey (Domino)
Filme de suspense dirigido por Tony Scott, em que Rourke interpreta um caçador de recompensas, parceiro de caça de Domino Harvey, interpretada por Keira Knightley. O filme é inspirado na história real de Domino, ex-manequim que depois trabalhou como caçadora de recompensas em Los Angeles. O filme é dedicado a ela, que morreu de overdose de medicamentos antes do término das filmagens. O filme conta também com Égar Ramirez e Delroy Lindo, além das participações de Lucy Liu e Christopher Walken.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

As Aventuras de Brisco County, Jr. (1993)

Todo o mundo que me conhece sabe que sou um grande fã de Bruce Campbell. Mas antigamente nunca tive grandes oportunidades de acompanhar seus trabalhos na TV ou em vídeos, então me limitava apenas ao prazer de assistir a trilogia Evil Dead, além de algumas pontas em filmes como Darkman, Congo e na trilogia Homem-Aranha de Sam Raimi. Além das séries Xena e Hércules, em que Bruce interpretou o carismático Autolycus. Mas com a internet tudo mudou, e as oportunidades surgiram.

Uma das coisas que procurei demais, e mesmo com a internet não consegui ter sucesso na busca, foi a série western As Aventuras de Brisco County, Jr.. Foi uma busca frustrada durante cinco longos anos. Até que no final de 2015, quando passei a usar mais o Torrent, consegui achar a série completinha. Nem pensei duas vezes antes de baixá-la. E foi assim que finalmente consegui assistir a série, e tenho o prazer de falar sobre ela aqui no meu blog. Vamos lá!


Sinopse: Brisco County, Jr. é um advogado formado em Harvard que trabalha como caçador de recompensas, já que odeia exercer a profissão de advogado. Seu maior objetivo é prender John Bly e sua gangue, que foram responsáveis pela morte de seu pai, que era delegado. Além de recuperar um orbe que dá poderes sobre-humanos aos seus possuidores antes que caia em mãos erradas.

Informações
País: EUA
Gênero: Western, ficção-científica
Direção: Jeffrey Boam, Carlton Cuse
Produtores: Boam-Cuse Productions
Roteiro: Jeffrey Boam, Carlton Cuse
Elenco: Bruce Campbell, Julius Carry, Christian Clemenson, Kelly Rutherford, Billy Drago, John Pyper-Ferguson, John Astin
Distribuidoras: Warner Bros, Fox
Nº de episódios: 27
Duração média: 45 minutos

Socrates, Dixie, Bowler, Wickwire e Brisco

Crítica
A série se trata de uma aventura western com elementos de ficção-científica, mais especificamente no gênero steampunk. Ou seja, é um estilo especulativo sobre possíveis futuros que se tornou muito frequente nos anos 80 e começo dos 90, como é o caso desta série. Isso porque a série explora invenções e teorias que no futuro se tornariam realidade nos dias de hoje, já que se trata de uma história ambientada no velho oeste em meados de 1980. Não vou dizer muitos detalhes para não dar spoiler, pois a série tem muitas surpresas que no gênero são coisas bem improváveis.

Falando em ambientação, a fotografia da série é belíssica. Explora muito bem a beleza das paisagens e desertos do oeste americano. Bem fiel ao gênero. Dando a impressão de que estamos vendo um filme alá Clint Eastwood dos anos 60. A trilha sonora também contribui para essa caracterização, mas dá um ar a mais de aventura além de western. O figurino também retrata muito bem todo esse clima. Sendo direto, a caracterização como um todo é muito bacana. Sim, apesar do Bruce Campbell ser o protagonista da série, não se trata de algo trash. É realmente muito bem produzido. Cenas de ação com direito a perseguições com cavalos, lutas, tiros e muitas explosões. E até coisas mais ousadas, já que se trata de um steampunk.

O roteiro é muito bem desenvolvido, com diálogos divertidos e histórias cativanteas. A estrutura da narrativa era aqueles clássicos dois blocos divididos em capítulos e, no final de cada um, era mostrado um dos personagens principais em algum tipo de apuros, algo que só seria resolvido no próximo bloco, no capítulo final. Tem alguns clichês, é claro. Mas isso não é defeito algum ainda que a série consegue ser um bocado original. E muito disso graças aos personagens, que são todos muito carismáticos. O elenco faz a sua parte de forma explêndida.

Novamente vou falar do grande Bruce Campbell. Alguns dos meus personagens favoritos são frutos das atuações memoráveis do Bruce. Um deles, é óbvil, é Brisco. Diferente de Ash, Brisco é um cara muito bondoso e altruísta, tanto que desistiu de atuar como advogado por achar que a justiça muitas vezes é falha pelos meios jurídicos. Assim decidiu virar um caçador de recompensas por achar que pode ser mais útil do que como advogado. Com Brisco, está sempre o seu cavalo e fiel companheiro Comet. E o que dizer do Comet? O bicho só não fala por detalhe. É realmente engraçado vê-los interagindo um com o outro.

Dos personagens coadjuvantes, temos o marrento Lord Bowler, que é interpretado pelo saudoso Julius Carry (O Último Dragão). Bowler é outro caçador de recompensas, concorrente do Brisco. Mas aos poucos ambos começam a trabalhar juntos até virarem sócios e grandes amigos. Socrates Poole é outro personagem com grande destaque, interpretado por Christian Clemenson. Se trata de um escrivão medroso que trabalha para o governo e contrata os serviços de Brisco. Mas apesar de medroso, Soc (apelido carinhoso) acaba se tornando um grande amigo e muitas vezes até arrisca seu pescoço para livrar Brisco e Bowler do perigo.

E na série também temos grandes personagens recorrentes. O Professor Wickwire, interpretado por John Astin (da série A Família Addams), é um grande inventor que muitas vezes ajuda Brisco com suas grandes engenhocas. Aliás, muitos dos elementos steampunk são graças ao Wickwire. Depois temos a sedutora Dixie Cousins, lindamente interpretada pela Kelly Rutherford (Gossip Girl). Se trata de uma artista de cabaré, cantora e dançarina, que está sempre envolvida com bandidos das redondezas. Até que conhece Brisco e se apaixona por ele a ponto de deixar a vida com bandidos de lado para se tornar uma espécie de fora da lei que só faz o bem.

E como toda a boa aventura, não poderiam faltar bons vilões. E realmente, nisso a série também cumpre bem seu papel. John Bly, muito bem interpretado por Billy Drago (Os Intocáveis), é um pistoleiro cruel e extremamente inteligente. É também o principal responsável pela morte do pai de Brisco com seu bando. Bly é perseguido por Brisco, que busca apenas por justiça, já que não acredita que vingança seja o motivo certo para se fazê-la. Além de tentar eliminar Brisco e fugir, Bly também busca por um orbe mágico que dá super poderes a quem o manuseia. Depois há os outros vilões do bando de Bly. Em cada episódio Brisco persegue algum ou alguns deles. Entre eles, se destaca o pistoleiro atrapalhado Pete Hutter, interpretado por John Pyper-Ferguson. É basicamente o vilão cômico da série.

Enfim, deu pra perceber que a série é rica em seus aspectos técnicos de produção. Mas ela acabou não durando mais que uma temporada, com 27 episódios, pela falta de audiência da época. Apesar de sempre ser muito bem criticada e ter sua base de fãs, a audiência não foi suficiente para mais investimento da Warner. No Brasil, a série chegou a ser exibida nas madrugadas de sábado na Globo como "Brisco Jr.", além de passar no canal Fox para os assinantes de TV a cabo.

Para quem gosta da temática western, assim como quem gosta de ficção científica, essa série é uma ótima pedida. Mas se você, assim como eu, é um fã de Bruce Campbell, essa série é indispensável!
 

Clipe

sábado, 20 de fevereiro de 2016

Top 10 - Michael Wincott

Como eu não estou afim de ficar escrevendo críticas sobre filmes que eu não assisto no cinema, bolei uma forma de falar de vários em um só post. Mais especificamente sobre dez filmes (ou mais), mas focando nas performances de um determinado ator ou atriz. Apesar de falar brevemente, será mais que suficiente para encararem como dicas de cinema. O negócio é que foi o jeito que arranjei para falar de filmes que gosto sem tanto comprometimento crítico.


Enfim, resolvi começar esse post com um ator um tanto "underrated". Estou falando de Michael Wincott, irmão caçula do ator de filmes de ação Jeff Wincott. Mais conhecido por interpretar personagens filhos da puta que adoramos odiar e não saem da nossa cabeça por alguma razão. Não apenas por isso, mas também por atuar com extrema competência e peculiaridades. Além de ter uma das vozes mais fodas do cinema. Enfim, vamos à lista:



#10 Philo Gant (Estranhos Prazeres)
Filme de ação e ficção científica dirigido por Kathryn Bigelow e com roteiro de James Cameron. Um ex-policial, interpretado por Ralph Fiennes, possui uma tecnologia que reproduz CDs contendo emoções e memórias de outras pessoas e os negocia no mercado negro. Aqui Wincott interpreta um produtor musical bem-sucedido que "rouba" a namorada do protagonista, que é interpretada por Juliette Lewis. O elenco conta também com Angela Bassett (que está maravilhosa), Tom Sizemore e Vincent D'Onofrio. Um dos melhores filmes do gênero da década de 90.

#09 Gary Soneji (Na Teia da Aranha)
Neste suspense baseado no livro de James Patterson, que conta com Morgan Freeman como o detetive Alex Cross. Wincott interpreta um sequestrador psicopata que pleneja seus passos com a precisão de uma teia de aranha. Sequestra a filha de um senador americano para concluir seus planos, que vão além de vantagens financeiras. O filme também conta com Monica Potter.

#08 Adrian Cross (24 Horas: Viva Um Novo Dia)
Nem preciso dizer muito sobre a série, porque todo o mundo deve conhecer. Aqui Wincott interpreta um hacker de alto padrão, líder de um movimento de informação livre que colhe dados militares e governamentais. Com Kiefer Sutherland como o agente secreto Jack Bauer, essa foi a 9ª e última temporada da série.

#07 Kent (Talk Radio - Verdades que Matam)
Filme dirigido por Oliver Stone, que se passa em uma estação de rádio. Mais especificamente em uma espécie talk show aonde o apresentador argumenta com seus ouvintes, que vão dos amigáveis até os hostís, de certa forma. Kent é um dos amigáveis, mas que tem seus "probleminhas" psicológicos gerados por sua vida regrada a "sexo, drogas e Rock'n'Roll". Kent se convida para participar do programa no estúdio, e surpreendentemente é aceito pelo apresentador interpretado por Eric Bogosian, que também é um dos roteiristas do filme.

#06 Frankie McGregor (Sangue na Noite)
Neste filme de ação Wincott interpreta um gangster em Atlantic City, que salva um jornalista, interpretado por William Petersen, de uma briga de bar depois descobrir que estava sendo traído por sua namorada. Depois disso ambos passam a ser grandes amigos, e até parceiros no crime. Até Jake se apaixonar pela namorada de Frankie, interpretada pela deliciosa Diane Lane. Obviamente, as coisas se complicam.

#05 Rene Ricard (Basquiat - Traços de Uma Vida)
Drama baseado na vida do grafiteiro e pintor neo-expressionista Jean-Michel Basquiat, interpretado por Jeffrey Wright. Ricard foi o poeta e crítico de artes que descobriu o talento de Basquiat, e o levou para os meios que o deixaram famoso. O filme também conta com David Bowie, interpretando o famoso artista, inventor do estilo popart, Andy Warhol. Além das presenças marcantes de Benicio Del Toro, Claire Forlani, Dennis Hopper e Gary Oldman.

#04 Jeremy Brunell (Fora de Controle)
Comédia dirigida por Barry Levinson. Wincott interpreta um diretor de filmes bem excêntrico e até perturbado. Trabalha com o produtor cinematográfico, e protagonista do filme, interpretado por Robert De Niro. Digamos que as cenas mais engraçadas do filme são protagonizadas por Brunell. O filme também conta com Bruce Willis, Sean Penn, John Torturro, Stanley Tucci e Kristen Stewart.

#03 Michael Korda (O Negociador)
Pra mim, um dos melhores filmes de ação dos anos 90. Korda é um ladrão de jóias e assassino dos mais impiedosos. Simplesmente não pensa duas vezes antes de mandar suas vítimas dessa pra melhor (ou pra pior, vai saber). Mas pra bater de frente está o tira negociador de reféns, interpretado pelo grande Eddie Murphy, que viu seu amigo morto pelas mãos de Korda em uma investigação. Mas será que um negociador conseguirá negociar com um assassino que não faz negócios?!

#02 Capitão Rochefort (Os Três Mosqueteiros)
Filme baseado na grande obra de Alexandre Dumas. Rochefort é o braço direito do Cardeal de Richelieu, interpretado por Tim Curry, e líder de seus guardas no castelo do Rei da França. Rochefort e Richilieu basicamente acabam com as atividades das tropas dos mosqueteiros para, supostamente, ajudar a combater em uma guerra com a Inglaterra. Porém os planos são outros. Para detê-los, os únicos a não desistirem de seus ideais são os famosos três mosqueteiros, interpretados por Kiefer Sutherland, Oliver Platt e Charlie Sheen. Além do novato D'Artagnan, interpretado por Chris O'Donell.

#01 Top Dollar (O Corvo)
Filme baseado na maravilhosa HQ de James O'Barr. Bom, nem tenho muito o que dizer sobre O Corvo. É um filme marcante, tanto por sua história profunda, quanto pelo trágico acidente (será???) que resultou na morte de Brandon Lee. Top Dollar é o maior criminoso da cidade. Entre seus inúmeros crimes, estão os assassinatos brutais de Eric Draven e sua noiva Shelly na noite que precede o Halloween. Um ano depois, Draven retorna dos mortos por um corvo, que o guia em direção à vingança contra seus assassinos. O filme também conta com Ernie Hudson e Tony Todd.


Menções Honrosas

Adrián de Moxica (1842 - A Conquista do Paraíso)
Dirigido por Ridley Scott, esse é daqueles filmes que a professora de história nos faz assistir na escola. De Moxica é um aristocrata espanhol que maltrata os nativos explorando a América selvagem. Com Gérard Depardieu interpretando Cristóvão Colombo e Sigourney Weaver como a Rainha Isabel.

Frank Elgyn (Alien - A Ressurreição)
Outra franquia bem conhecida. Apesar de estar longe de ser o melhor filme da série, não poderia deixá-lo de fora pelo menos das menções honrosas. O filme conta também com Sigourney Weaver e Winona Ryder.

Death / Morte (Darksiders 2)
Game da série Darksiders, que fala sobre Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse. Morte é um deles, e protagonista do game. Pra quem curte um hack 'n slash com muita ação e uma boa história, o game é um prato cheio.

Dave Turner (Forsaken)
Filme western lançado recentemente (na verdade esperei para assistí-lo pra poder terminar esse artigo). Conta a história de Johm Henry Clayton, um pistoleiro que batalhou na Guerra Civil interpretado por Kiefer Sutherland. Com seu passado obscuro, ele quer deixar essa vida de lado e voltar para sua terra natal após a morte de sua mãe para se redimir como homem. Aqui Wincott também é um pistoleiro, e conhece John Henry das batalhas do passado. Mas ao contrário de John Henry, ele segue sua vida de pistoleiro. O que pode cruzar seus caminhos da pior forma. O filme também conta com o pai de Kiefer, Donald Sutherland, que interpreta seu pai na primeira produção em que ambos contracenam juntos. Além de Demi Moore e Brian Cox.

Guy de Gilsbourne (Robin Hood)
Outra adaptação de um clássico do Alexandre Dumas em que Wincott participa. E como vilão, pra variar. O filme conta com Kevin Costner, como Robin Wood. Além de Morgan Freeman, Mary Elizabeth Mastrantonio, Alan Rockman, Christian Slater e Sean Connery. E não esquecendo da trilha sonora marcante "(Everything I Do) I Do It For You", de Bryan Adams.

Armand Dorleac (O Conde de Monte Cristo)
Pra variar, outro baseado numa obra clássica do grande Alexandre Dumas. O filme conta também com Jim Caviezel e Guy Pierce. Neste filme Wincott interpreta o filho da puta responsável pela prisão da ilha do Castelo de If, aonde nosso querido Edmond Dantès fica preso por longos 13 anos após ser acusado injustamente de traição. Lá Dorleac castiga seus prisioneiros os torturando a cada aniversário que fazem dentro da prisão.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Ash vs Evil Dead - 1ª Temporada (2015)

Esse ano de 2015 foi um ano péssimo pra mim pessoalmente. Mas foi um ótimo ano se tratando de entretenimento. Vi franquias que eu amo, como Rocky e Missão: Impossível tendo seus lançamentos anunciados. E não só foi um ano bom nesse sentido pra mim, mas para grande parte de nerds que se vê hoje em dia.

Enquanto o povo ficava animadão com os trailers dos filmes de franquias como Marvel, DC, Star Wars e outros, eu estava ancioso com o anúncio de algo que marcou minha infância, adolescência, e que agora posso dizer que está me marcando atualmente depois de adulto (e quase na meia idade). Estou falando de "Evil Dead", estou falando do Ash "fucking" Williams - The King... estou falando da série "Ash vs Evil Dead"!


Sinopse: Trinta anos após suas caças a monstros e demônios, Ash está de volta evitando qualquer tipo de responsabilidades, maturidade e traumas causados pelos eventos de Evil Dead. Contudo, Ash fez com que o mal fosse libertado novamente ao ler o Necronomicon Ex Mortis - O Livro dos Mortos, num ato de descuido. E assim o mal chega para ameaçar a humanidade, e Ash é forçado a voltar a enfrentar seus demônios novamente.

Informações
País: EUA
Gênero: Terror, comédia
Direção: Sam Raimi, Michael J. Bassett, David Frazee, Michael Hurst, Tony Tilse, Rick Jacobson
Produtores: Robert Tapert, Sam Raimi, Bruce Campbell, Craig DiGregorio, Chloe Smith, Aaron Lam, Rick Jacobson, Sean Clements, Dominic Dierkes
Roteiro: Sam Raimi, Ivan Raimi, Tom Spezialy, Dominic Dierkes, Sean Clements, James E. Eagan, Zoe Green, Nate Crocker, Michael J. Bassett, Rob Wright, Craig Digregorio
Elenco: Bruce Campbell, Lucy Lawless, Ray Santiago, Dana DeLorenzo, Jill Marie Jones
Distribuidora: Starz
Duração média: 35 minutos

"Groovy!"

Crítica
Quando o trailer foi anunciado, eu fui seco pra assistí-lo. Ansiedade monstra, como eu não tinha a tempos. E olha que em 2015 foram lançados filmes de outras grandes franquias que eu amo. Mas desde o último filme da trilogia Evil Dead, foram 22 anos sem ver Ash em ação no cinema. Óbvil que a franquia se tornou mais do que cinema, pois há games, HQs e até um musical da Broadway baseados na trilogia original. Além do remake lançado em 2013, que não me convenceu tanto, mas que não deixou de ser uma boa homenagem.

Mas indo direto ao trailer, ele começa com uma narrativa de um personagem novo, o que me gerou um certo receio por lembrar um pouco do remake de 2013. Mas logo depois começa aquela cena característica da franquia com o mal percorrendo a floresta, e o arrepio já começa. Até que, finalmente, vem o petardo emocional: o bom e velho Ash estava de volta, com todo o seu carisma e humor incomparáveis. Bruce Campbell é um dos meus atores favoritos. Amo seus papéis, como Brisco County Jr., Sam Axe, Autolycus, e entre outros. Mas Ash não é apenas o seu melhor personagem, mas talvez seja meu personagem favorito de todos. E vê-lo novamente como Ash fez com que minhas emoções fossem extremas: choro e risos ao mesmo tempo. Logo depois aparece uma retrospectiva dos dois primeiros filme da trilogia, com cenas originais. Simplesmente lindo. E quando não poderia ficar melhor, veio a trilha de "Space Truckin'" do Deep Purple. Foi surreal ver isso tudo num trailer. Depois outros detalhes importantes foram mostrados, como a adição de mais personagens principais que seriam parceiros de Ash. Além da participação de Lucy Lawless, que também marcou minha infância interpretando Xena - A Princesa Guerreira. Depois de assistir ao trailer eu tive a certeza de que era real, de que era Ash, de que era Evil Dead... que é sinônimo de terror, humor, deadites e sangue, muito sangue!

Com isso, foi anunciado o lançamento no canal Starz para a meia-noite de 31 de Outubro, mais especificamente no Halloween. E que seriam 10 episódios. Mas o mais interessante é que antes mesmo da estréia já haviam anunciado a segunda temporada. O que me deixou mais seguro, já que o conteúdo, apesar de cult, foi do agrado da Starz. E pra quem não sabe, Starz é o canal que transmite a série Spartacus.

E assim foram semanas na expectativa de assistir. Até que a tão sonhada noite de Halloween chegou. E, por incrível que pareça, consegui achar a série para assistir na mesma madrugada com ótima qualidade e legendas. E assim se concretizou o quão foda a série é. Eu assisti ao episódio piloto umas três vezes naquela madrugada. Fiquei fascinado. Óbvil que eu já esperava algo assim, pois o diretor do episódio piloto foi o próprio Sam Raimi, um dos criadores da franquia. Resumindo: atuações fantásticas, personagens carismáticos, fotografia fiel e original, trilha sonora com muito Rock'n'Roll clássico, referências aos outros filmes... tudo impecável. E assim foi a cada semana, com novos episódios. Óbvil que nem todos mantiveram aquele nível do episódio piloto. Mas todos foram muito satisfatórios, com ótimas tramas, e enriqueceram de uma forma bacana a franquia como um todo.

Acho que em toda a trilogia eu não tinha visto tanto do Ash. Essa série me proporcionou conhecê-lo de uma forma mais intensa e divertida. Se passaram 30 anos desde os eventos de Evil Dead, e Ash não mudou muito (exceto pela sua idade mais avançada). Ele ainda trabalha em uma espécie de hipermercado (mas não mais no S-Mart). Vive uma vida cômoda e despreocupada com seu emprego simples, morando num trailer velho com seu lagarto de estimação Eli, e sem qualquer compromisso ou responsabilidade com ninguém. Mas, apesar de ser suficiente, a série não é feita apenas de Ash.

Cada um dos novos personagens conseguiu me conquistar do seu jeito. Pablo (Ray Santiago) é um hispânico todo bonzinho, colega de trabalho de Ash e seu grande companheiro. Pablo é apaixonado por sua amiga Kelly (Dana DeLorenzo), uma garota irônica e temperamental, que em momentos de tensão se transforma com sua raiva pelos deadites. Ambos se tornam parceiros de Ash na aventura, percorrendo seus destinos com o velho trailer. Depois vem Amanda (Jill Marie Jones), uma policial que teve que matar seu parceiro, pois se tornou um deadite, e desde então se vê paranóica e está buscando por pistas do que aconteceu e quem é o responsável pelos fatos ocorridos. E finalmente Ruby (Lucy Lawless), que é a personagem mais misteriosa da série. O que se sabe dela é que ela sabe demais, e que sabe tanto quanto Ash como combater deadites. Além de outros personagens passageiros, mas que também acabam marcando de alguma forma.

Enfim, a série resgata todo o lado trash que o remake de 2013 deixou de lado para apelar com um terror mais contemporâneo à moda oriental. Há quem goste, é claro. Mas Evil Dead é Ash , banho de sangue e humor negro. Agora é esperar pela segunda temporada. A ansiedade começou novamente, mas agora sei que Ash está de volta por pelo menos mais uma temporada... HAIL TO THE KING, BABY!!!


Trailer