Nome: Spec Ops: The Line
Lançamento: 2012
Desenvolvedora: Yager Development
Distribuidoras: 2K Games
Gênero: Tiro em terceia pessoa
Plataformas: PC, PS3, Xbox 360
História
Dubai costumava ser uma cidade muito rica e moderna, com muitos arranha-céus em sua exuberante arquitetura. Isso até que uma enorme tempestade de areia deixar a maior parte da cidade soterrada. Isto fez com que os cidadãos mais poderosos evacuassem a cidade, deixando para trás os mais desfavorecidos. Uma das pessoas que ficaram foi o coronel do exército americano John Konrad, membro fundador da Delta Force, que se recusou a seguir as ordens do governo americano de apenas abandonar a cidade. Tendo assim ficado, juntamente com seu batalhão, para salvar as pessoas que não conseguiram ser evacuadas.
"Welcome to Dubai" |
Depois de meses sem nenhum contato, o exército começou a acreditar que Konrad e os seus homens estariam mortos em Dubai. E assim declararam a cidade como "terra de ninguém". Até que um sinal de rádio foi detectado com Konrad dizendo que sua tentativa de evacuação falhou. E com isso o exército convocou o capitão Martin Walker, acompanhado por sua equipe Delta Force - o tenente Alphanso Adams e o sargento John Lugo. E assim precisam ser infiltrar em Dubai, neutralizar possíveis inimigos e sobreviver a tempestades de areia para descobrir o que se passou com Konrad e os seus homens.
Arranha-céus, carros de luxo... tudo por "areia abaixo" |
Análise
Definitivamente, não sou fã de games de guerra. A grande maioria, principalmente CoDs e BFs da vida, tem aquela coisa de patriotismo exagerado, babação de ovo de soldado americano, heróis de guerra descontraídos em ação e essa merda toda. Mas Spec Ops: The Line mostra uma visão totalmente oposta, o que foi bem ousado da parte dos desenvolvedores. A história do jogo foi inspirada no livro "Coração das Trevas", escrito por Joseph Conrad. Livro que também inspirou o clássico dos cinemas "Apocalypse Now". O game mostra os horrores de uma guerra, e suas consequências. E o mais importante, que é nos fazer refletir sobre o peso de decisões tomadas por homens, seres humanos e que podem errar. Sim, tomamos decisões que mudam os finais do game. E o quanto esses possíveis erros pesam na consciência, ou até afetam sua sanidade. Afinal, o jogo basicamente nos pergunta se é realmente possível ser um herói nessas circunstâncias.
Haja liderança para tais desgraças |
A jogabilidade não é nada inovadora, é bem simples por sinal. Mas oferece basicamente o mesmo que muitos outros shooters, tudo muito prático e funcional. Porém, como não tem modo co-op na campanha principal, o que chama muita atenção é que Walker comanda Adam e Lugo em funções como focar em alvos, dar cobertura e levantar um ao outro quando abatidos. A inteligência artificial deles é ótima, não atrapalham em nada e são bem corajosos em desempenhar os comandos. E também podemos fazer o mesmo para auxiliá-los, mas caso sejamos abatidos já era. Os inimigos também não perdoam. Ou seja, jogabilidade é muito boa. O arsenal é variado, tendo desde pistolas até lança foguetes. No multiplayer as clássicas opções de deathmatch e team estão presentes, com alguns mapas relativamente grandes, e que contam com as tempestades de areia. Há também personalização de classes, armamento e equipamentos. Tudo funcionando muito bem. Quanto a dificuldade, o game é bem hardcore. Eu finalizei o jogo no "normal", porém tem ainda mais dois modos de dificuldades avançados. Caso a gente falhe muito em determinadas missões, o jogo dá a opção de diminuir a dificuldade (o que eu, orgulhosamente, não precisei fazer).
Visual deslumbrante |
Batalhas intensas, que exigem muita estratégia |
Enfim, eu já havia jogado a um Spec Ops (sim, "The Line" é o 9º game da série), que se chama "Stealth Patrol". Até fui rever uns vídeos para ter uma visão mais atualizada do que o jogo era na época (ano de 2000, para Playstation)... tosqueira total. Mas me rendeu muita jogatina, pois também era bem difícil, e exigia bastante estratégia em modo co-op. Quando ouvi falar de "The Line" eu fiquei curioso e vi algumas análises. Gostei muito do que vi, e investi. E não me arrependo nenhum pouco. É um game bonito, divertido, e com uma história surpreendente, apesar de extremamente triste e revoltante. Recomendo demais!
Trailer