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terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Drowning Pool


Banda de Metal Alternativo inicialmente formada pelo trio C.J. Pierce (guitarra), Mike Luce (bateria) e Stevie Benton (baixo). A princípio a banda era um trio instrumental, até que em 1999 recrutaram o vocalista Dave "Stage" Williams. E foi aí que a banda começou a se destacar, principalmente depois do lançamento do álbum "Sinner", em 2001. O álbum conta com os singles "Bodies", "Sinner" e "Tear Away". A banda estava arrasando com o lançamento do álbum e tour, até que no ano seguinte Williams foi encontrado morto no ônibus da turnê. A fatalidade foi causada por uma doença cardíaca não diagnosticada.
Depois da morte de Williams, a banda continuou com outros ótimos vocalistas.


No ano seguinte, com o vocsalista Jason "Gong" Jones, a banda lançou o álbum "Desensitized". O álbum contou com o single "Step Up". Mas apesar da qualidade incontestável, o álbum fez pouco sucesso. Em 2005 Jones sai da banda por motivos pessoais, e logo foi substituído por Ryan McCombs. Com McCombs a banda lançou os álbuns "Full Circle" e "Drowning Pool", além do álbum ao vivo "Loudest Common Denominator". Mas mesmo a banda sendo aceita de maneira mais positiva desde a morte de Williams, McCombs saiu em 2011, voltando a cantar pela sua antiga banda SOiL.
No ano seguinte, a banda recruta o jovem vocalista Jasen Moreno. E em 2013 a banda lançou o álbum "Resilience", que conta com os singles "Saturday Night" e "One Finger And A Fist". O álbum foi bem aceito pela crítica e pelo público.


Essa é uma daquelas bandas que eu sempre tenho muitas expectativas. Pois mesmo com a troca quase constante de vocalistas, todos totalmente diferentes uns dos outros, sempre há qualidade em suas músicas. Isso requer muita competência, pois manter um legado de uma banda contemporânea, sob essas circunstâncias, não é uma tarefa fácil. E assim a banda continua com suas músicas agressivas, que fazem dessa a minha banda favorita do gênero, e uma de minhas favoritas no geral. Posso dizer que o Drowning Pool é uma das poucas bandas em que eu realmente confio!


Dados
Origem: EUA
Atividade: 1996–atualmente
Gravadoras: Wind Up Records, Eleven Seven Music
Site oficial: www.drowningpool.com

Formação atual
C.J. Pierce (guitarra)
Mike Luce (bateria)
Stevie Benton (baixo)
Jasen Moreno (vocal)


Discografia
(2001) Sinner

(2004) Desensitized

(2007) Full Circle

(2009) Loudest Common Denominator

(2010) Drowning Pool

(2013) Resilience


Bodies

Step Up

Feel Like I Do

Saturday Night

One Finger And A Fist

sábado, 24 de janeiro de 2015

Deadlight

Informações
Nome: Deadlight
Lançamento: 2011
Desenvolvedora: Tequila Works
Distribuidora: Microsoft Studios
Gênero: Plataforma / Survival Horror
Plataforma: Xbox 360


História
A história do game é aquele conceito básico de um sobrevivente num mundo pós-apocalíptico, lutando pela sua vida em cada segundo que se passa para alcansar algum objetivo. O protagonista da história é Randall Wayne, um sobrevivente nas ruas de uma Seattle acabada pela infestação zumbi. Randall quer reencontrar sua esposa e filha, que estão desaparecidas. E como muitas outras histórias com essa temática, Deadlight não explica a origem dos mortos-vivos, que na trama são chamados de "shadows".
Apesar da trama nada original, o game não faz a mínima questão de tentar passar isso para o jogador. Isso por uma simples questão de honestidade. Afinal, um game não precisa necessariamente de uma história genial para ser interessante e divertido. Ainda mais se tratando de um game adquirido por baixo custo via download na Xbox Live Arcade.


Análise
Quando comecei a jogar Deadlight de cara percebi semelhanças na jogabilidade com games sidescrolling, como Nosferatu e Prince of Persia. Apesar de lembrar os clássicos 16 bits, Deadlight tem uma jogabilidade simples e fluída. Em Deadlight é basicamente conseguir chegar em determinados lugares com habilidades parkour para prosseguir.
A dificuldade é bem tranquila, exigindo apenas rápido raciocínio e precisão nas horas de maior sufoco. Bater de frente com inimigos quase nunca será uma opção viável, pois dificilmente se tem uma arma de fogo em mãos. E falando nos inimigos, obviamente, são os mortos-vivos. Além dos humanos cuzões com seus armamentos. Aliás, os humanos são os inimigos que oferecem mais perigo e dão uma adrenalina a mais nas partes de perseguição. Há também os aliados que aparecem eventualmente em algumas fases. Mas no geral, sem variações de montros ou até mesmo chefões, que acabam deixando jogos do gênero mais bobos ou mesmo forçados demais até para uma história fictícia. 


De armas, o que mais se conta no jogo é com um machado, que é lento e faz com que Randall perca o fôlego facilmente. Além do estilingue, que geralmente é usado para resolver pequenos puzzles. Depois temos as barras de energia e de fadiga, que se desgasta no se pendurar em plataformas e em lutas contra zumbis.
Já o visual é um 2.5D que mistura elementos do game Limbo com as HQs da famosa série The Walking Dead. Mas apesar do visual sombrio, o game consegue passar um ar bem realista, tanto em ambientes urbanos quanto nas paisagens. As CGs são pequenas animações que lembram bastante HQs.
A trilha sonora do game é bacana, tem um fundo bem dramático, mas nada que chame tanta atenção. Já as dublagens e efeitos sonoros são impecáveis, e dão toda a atmosfera necessária para um bom survivor horror.
Pra terminar, ando baixando muito esses games da Xbox Live Arcade, pois quase todos têm baixo custo, e são tão divertidos quanto games com mídia física. Basicamente diversão sem frescura!


Trailer

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Wrestling ou MMA?

O que me faz gostar mais de Wrestling e nem tanto do MMA? A resposta é simples: pelas suas diferenças. Mas quais as diferenças entre Wrestling e MMA? Posso dizer que são todas as diferenças possíveis. E o texto a seguir explica o porquê dessa minha preferência!

CM Punk (ex-PW) e Brock Lesnar (ex-MMA)

Hoje em dia, se for ver do que se trata, vamos perceber que o MMA mudou muito ao longo dos anos. Coisa que no Wrestling não acontece. Presto muita atenção na intensidade, ideologia, e até nos exemplos a serem dados. O Pro Wrestling é entretenimento puro em forma de esporte. Em resumo, é uma arte. É basicamente um teatro no ringue e fora dele, aonde atuam atletas/atores. Enquanto o MMA costumava ser um esporte focado nas artes marciais, que sempre pregou que as lutas não eram pessoais. Resumindo, se trata de um esporte e não de brigas. Mas hoje em dia é bem diferente.

McGregor e Aldo, num espetáculo de realidade (ou não)

Vemos acontecimentos como o que rolou com José Aldo depois da luta do Conor McGregor no último UFC Fight Night, aonde os caras se intimidam fora do octagon. É claro que é normal alguns confrontos, principalmente por se tratar de um torneio de lutas. Mas estão forçando a barra uns com os outros e sem motivos pra isso. Aí vejo pessoas dizendo que o UFC está adotando o entretenimento da WWE com essas "feuds". Outros já acham que essas rivalidades são reais, pois o MMA está permitindo isso. E assim eu me pergunto: o MMA tá querendo adotar um teatro para o entretenimento "adulto" dentro do esporte? Ou o MMA está deixando de ser um esporte com espírito esportivo (o que é irônico)?

Alberto Rodríguez/Del Rio, outro ex lutador de MMA

"Mas Wagner, o que tu quer falando isso?". Pois é, eu tenho os meus motivos. Até porque tempos atrás eu costumava acompanhar muito mais MMA (ou Vale Tudo) do que o Wrestling, que sempre me chamou atenção. O que eu estou querendo dizer é que o MMA - principalmente o UFC (maior representante de MMA do mundo), por querer passar a realidade que o Wrestling não representa, está deixando de ser um esporte, ou então deixando de ser algo verdadeiro. Fazendo com que o exemplo a ser passado do espírito esportivo esteja em último plano. Afinal, UFC não é pra valer?!

Ken Shamrock, nos tempos do MMA 100% alguma coisa

Pra mim isso acaba comprometendo o MMA de uma forma ou de outra. Assim como desrespeitando a arte do entretenimento ficítico, pois está querendo passar uma realidade desfocada do espírito esportivo.
Ou seja, o MMA já teve dias melhores... entre gostar de uma coisa focada 100% no entretenimento, ou de outra coisa 50% luta pra valer e 50% treta marketeira... mil vezes, prefiro algo que seja 100% alguma coisa!

domingo, 11 de janeiro de 2015

ECW

Hoje eu vou falar da promoção de wrestling profissional mais inovadora e revolucionária de todos os tempos. Estou falando do Extreme Championship Wrestling, mais conhecida como ECW.


A ECW teve origem em 1989 na Filadélfia, Pensilvânia, sob o nome Tri-State Wrestling Alliance, comandada por Joel Goodhart. Em 1992, Goodhart vendeu sua parte da empresa para seu sócio, Tod Gordon, que renomeou-a para ECW, na época Eastern Championship Wrestling. E fazia parte da National Wrestling Alliance (NWA). Mas depois de muitos conflitos entre bookers e gestores, a entrada de Paul Heyman, em 1993, foi decisiva para que tudo se encaminhasse e assim a ECW se tornasse um diferencial na indústira do wrestling profissional.

Mas antes disso acontecer, podemos dizer que o Eastern Championship Wrestling costumava se limitar ao wrestling tradicional da época, que era direcionado para todas as idades. O que mais tarde viraria a se tornar o Extreme Championship Wrestling, que era direcionada para público adulto, quebrando diversos tabus como sangue e ferimentos durante as lutas, uso de objetos como “armas”, além de tramas cheias de controvérsias. Heyman viu a ECW como a versão do wrestling similar ao movimento Grunge, e se focou em levar a empresa, e sem querer a indústria do wrestling profissional como um todo, em uma nova direção.

“A NWA era "velha escolha" quando velha escola não era mais o que vendia. Nós queríamos fixar nossa marca, queríamos nos distanciar do padrão, queríamos que o mundo soubesse que não éramos apenas uma promoção independente.” (Paul Heyman)

A origem do "extremo"
Em 1994, Jim Crockett Jr, que na época tinha vendido a WCW para Ted Turner em 1988, decidiu continuar promovendo a NWA e foi à Tod Gordon pedindo para sediar um torneio pelo Campeonato Mundial de Pesos-Pesados da NWA na arena da ECW, que era localizada na Filadélfia, Pensilvânia. O presidente da NWA, Dennis Coralluzzo, alegou que Crockett e Gordon estavam tentando monopolizar o título e deixou claro que Crockett não tinha a aprovação do comitê da NWA, o que levou Coralluzzo a supervisionar pessoalmente o torneio. Gordon não gostou da atitude de Coralluzzo e começou a bolar um plano para que a ECW se separasse da NWA através de uma ação que gerasse controvérsias para atrair a atenção para a ECW e insutar a NWA. Gordon planejou ter "The Franchise" Shane Douglas, que estava marcado para confrontar 2 Cold Scorpio, na final do torneio, rejeitando o Campeonato Mundial de Pesos-Pesados da NWA assim que vencesse, com um ato de rebeldia.

A ideia de rejeição do Campeonato Mundial de Pesos-Pesados da NWA foi planejada por Gordon e Paul Heyman, que persuadiu Shane Douglas mostrando que o único ponto negativo disso seria que os tradicionalistas da NWA veriam eles como traidores. Fora o fato de que havia uma série de conflitos pessoais entre Douglas e Coralluzzo, que havia o criticado publicamente e dito aos afiliados da NWA que não iria colocá-lo nos seus programas. Coralluzzo acreditava que Douglas era um perigo e tinha a tendência de não comparecer aos programas em que estava agendado. Douglas decidiu seguir a ideia de Gordon e Heyman, e rejeitou o Campeonato Mundial de Pesos-Pesados da NWA após vencer 2 Cold Scorpio, alegando não queria ser campeão de uma "promoção morta”, mandando todos os ex-campeões consagrados da NWA beijarem sua bunda e jogando o cinturão no chão do ringue. E já tratou de anunciar que isso seria a revolução da indústira do wrestling profissional, como sendo a "Era da ECW".


Após o ocorrido, a Eastern Championship Wrestling se separou da NWA e se tornou Extreme Championship Wrestling, onde implantou um novo estilo não-ortodoxo com histórias controversas, que o tornaram popular entre os fãs de 18 pra cima. A promoção demonstrou os diversos estilos do wrestling, popularizando o hardcore wrestling assim como a lucha libre mexicana e o puroresu japonês. A ECW se tornou conhecida por prover uma alternativa à América do Norte, trazendo estilos técnicos comuns na Europa e Ásia, como uma alternativa multicultural para empresas bilionárias como a World Wrestling Federation (WWF) e World Championship Wrestling (WCW).

Barra pesada, mas apaixonante
Na ECW, não havia regras. O papel dos árbitros era apenas fazer a contagem e dar a vitória por submissão. A ECW também foi reconhecida internacionalmente por fazer vários estilos de lutas famosas, incluido a 3-Way Dance, Barbed wire match, Flaming Tables match, Singapore Cane match, e outros...

The Sandman com o público ECW
 
A maior parte de seus eventos foram exibidos na ECW Arena, localizada na Philadelphia, onde funcionava um antigo depósito. Bem diferente da WWF ou WCW, a ECW tinha uma estrutura bem simplória, com cadeiras dobráveis, arquibancadas portáteis, e todo tipo de arranjos incomuns refletiram o estilo "cru" num hambiente totalmente sem frescuras. Ao todo a ECW Arena tinha uma capacidade pequena, de menos de 1500 pessoas em seus eventos. Um número pequeno, mas que se multiplicava pela energia do seu público insano e fiel.

O público da ECW era bem conhecido por sua torcida "povão", que acabavam contribuindo muito para os eventos, participando nos momentos de improviso dos wrestlers. Ofereciam objetos como armas, tinham acesso e interagiam pessoalmente com os wrestlers, além dos cânticos como "ECW! ECW! ECW!...", "YOU FUCKED UP!" e "HOLY SHIT!" se tornaram famosos, e ainda são usados por fãs em outras promoções. O público da ECW cantava junto com a música tema dos lutadores, já que os wrestlers utilizavam temas de entrada de bandas famosas.

Dudley Boyz atacando Tommy Dreamer

TV
Os programas da ECW eram apresentados por Joey Styles por todo o período de existência da companhia. Com muito carisma e competência, Styles conseguiu se destacar no wrestling mundial com a expressão "OH MY GOD!", que se tornou sua marca registrada, e é considerada uma das coisas mais marcantes da história do wrestling. E assim ganhou suas alcunhas de "The Extreme Announcer", "The Unscripted, Uncensored, Loose cannon of commentary" e "The Voice of ECW". Tanto que foi premiado pela Wrestling Observer Newsletter como melhor anunciador de 1994 até 1996.

Os episódios da ECW eram transmitidos no canal de televisão Sports Channel Philadelphia, nos fins de tarde de quinta-feira. Após o canal sair do ar em 1997, o programa passou a ser exibido na WPPX-TV 61, tendo posteriormente se mudado para uma antiga estação independente localizada na Filadélfia, com programas exibidos nas madrugadas de sexta-feira.

“OH MY GOD!” (Joey Styles)

A ECW também era exibida na Cidade de Nova Iorque através da MSG Network, nas madrugadas de sexta-feira. Por causa da obscuridade das estações e da própria ECW, assim como o descaso da Federal Communications Commission (FCC) com as primeiras horas da manhã, diversas vezes demonstrações de violência e até erotismo não eram tiradas do programa, junto com o uso desregrado de conteúdo protegido por direitos autorais, ajudando assim a ECW a ser conhecida pelo público maior de 18 anos, e obviamente os de menos idade também.

Em 1999, a ECW começou a ser exibida nacionalmente na TNN, em um contrato de três anos. Mesmo sem alta propaganda e com baixo orçamento, se tornou o programa de maior audiência da emissora. Mas mesmo assim a programação da ECW na TNN foi cancelada no ano seguinte. Isso para favorecer o WWF Raw, que havia sido movido para a emissora. Paul Heyman afirmou que o fato de não conseguir outra emissora para exibir a ECW foi o principal motivo pela falência da promoção.

Francine, a valet da ECW

Presidência de Paul Heyman
Em 1995, Tod Gordon vendeu a ECW para Paul Heyman, que até então era booker chefe, para continuar na empresa com o papel de comissário, antes de deixar a promoção. Sua ausência foi explicada na TV como se ele tivesse abandonado o wrestling para passar mais tempo com sua família. Mas circularam rumores dizendo que Gordon havia sido demitido por Heyman, por ter sido supostamente contratado pela WCW e tentando convencer os wrestlers a deixarem a ECW e ingressarem no plantel da rival. Anos depois, Gordon revelou que o boato foi plantado propositalmente como parte de uma storyline.

Revolucionando as "duas grandes"
Após notar a crescente popularidade da ECW, as "duas grandes" WCW e WWF começaram a adotar suas idéias e contratar seus talentos. Grandes nomes como Eddie Guerrero, Chris Benoit, Raven, Kurt Angle, Chris Jericho, Rey Mysterio, Rob Van Dam, Dudley Boyz... enfim, muitos dos maiores lutadores de toda uma geração na verdade foram descobertas de Paul Heyman e começaram na ECW. Ele costumava citar que a ECW foi vítima da Monday Night Wars entre WCW Monday Nitro e WWF Monday Night Raw. Além do fato de ambas as companhias se aproveitarem de suas estruturas milionárias para pegar seus wrestlers, e imitar suas idéias.

Raven brilhou nas "duas grandes"

A WWF tinha uma relação de trabalho com a ECW, indo tão longe que elas participaram de uma história inter-promocional, que iam desde troca de lutadores não aproveitados até a ajudas financeiras à Heyman por um considerável período. Já a WCW, por outro lado, se recusou até de mencionar a ECW em sua programação, com algumas raras exceções. Entre elas quando Raven citou a ECW como sua promoção antecessora no seu ano de estréia na WCW, dizendo ser uma segunda opção viável no wrestling americano. Outra ocasião foi a possibilidade de Mike Awesome jogar o cinturão do Campeonato Mundial da ECW em uma lata de lixo, a pedido de Eric Bischoff, assim que entrasse para a WCW. A razão disso foi a insatisfação de Awesome, por Heyman não ter pagado seu salário regularmente. Mas acabou não acontecendo por problemas legais, sendo que isso já tinha ocorrido com o Campeonato Feminino da WWF de Madusa, quando se juntou a WCW.

Como dava pra notar, a WCW tinha uma visível implicância com a ECW, e vice-versa. Tanto que a ECW resolveu bolar uma sátira da poderosa nWo (New World Order), formada por Hollywood/Hulk Hogan, Kevin Nash e Scott Hall. Se tratava da bWo (Blue World Order), formada por Stevie Richards (como Big Stevie Cool, paródia de Nash), The Blue Meanie (como Da Blue Guy, paródia de Hall) e Nova (como Hollywood Nova, paródia de Hollywood Hogan). Eles simplesmente entravam em cena nos evantos da ECW para divertir o público, fazendo desde lutas atrapalhadas até números musicais com concursos de danças e imitações de artistas famosos (como o KISS).

Blue World Order

Falência e Aliança
No final do ano 2000, a ECW Hardcore TV foi exibido pela última vez e o Guilty as Charged foi o último pay-per-view da promoção, sendo exibido no início de 2001. Living Dangerously seria exibido meses depois, mas foi cancelado antes pelos problemas financeiros da companhia. Mesmo com a ajuda da WWF, Paul Heyman não conseguiu recuperar a ECW e declarou falência em 4 de abril de 2001. Heyman, supostamente, nunca contou à seus lutadores que a companhia estava à beira da falência, e deixou de pagá-los um mês antes de revelar falência.

Na época do encerramento de suas atividades, o valor da ECW era avaliado em 1.382.500 dólares, incluindo 860.000 dólares de pagamentos de pay-per-views, jogos, vídeos e brinquedos. O acervo de vídeo tinha o valor de 500.000 dólares, um dos caminhões utilizados pela ECW 19.500 dólares e apenas 4 dólares de merchandising, sendo que tudo foi comprado posteriormente pela WWF. O pedido de falência incluiu centenas de reinvidicações, que eram desde contas de telefone até salários de wrestlers.

"Stone Cold" Steve Austin se juntando a The Alliance

Alguns meses após o seu fim em 2001, a ECW resurgiu como uma equipe de lutadores parte de uma storyline da WWF, conhecida como The Invasion. Como uma participante da rivalidade inter-promocional entre a WCW de Shane McMahon e a WWF de Vince McMahon, a ECW, que era inicialmente propriedade de Paul Heyman, não declarou lealdade a nenhuma das duas promoções. Naquela mesma noite, foi revelado que Stephanie McMahon se tornara a nova proprietária da ECW, e logo começou a conspirar junto de seu irmão Shane para juntos derrubarem seu pai da posição de líder da WWF.

Mesmo com a WWF usando o nome da ECW, os direitos sobre a promoção estavam sendo diputados na época. Com a criação da The Alliance, essa rivalidade inter-promocional tornou-se uma guerra pelo poder dentro da família McMahon. A debandada de wrestlers da WWF, como Steve Austin, para a The Alliance começou a tirar cada vez mais o foco dos atletas da WCW e ECW. A história durou cerca de 6 meses e foi concluída com a equipe WWF derrotando a equipe The Alliance no evento Survivor Series do mesmo ano. E essa derrota marcou o fim oficial das duas promoções rivais, integrando assim os lutadores da ECW e WCW no plantel da WWF que passou a ser WWE (World Wrestling Entertainment). E assim a WWE monopolizou o wrestling americano.

The Rock derrotando Steve Austin, e assim decretando o fim da Alliance

ECW brand
Em 2005, a WWE começou a reintroduzir todo conteúdo adquirido na compra da ECW, complementada com o lançamento do documentário The Rise and Fall of ECW. Com o elevado interesse na franquia, a WWE organizou o evento pay-per-view ECW One Night Stand, com a presença especial de ex-empregados da ECW. Tendo a luta entre as duplas Dudley Boyz contra The Sandman e Tommy Dreamer como combate principal do evento. No ano seguinte, devido ao sucesso financeiro e crítico do evento, a WWE decidiu produzir uma segunda edição do ECW One Night Stand. Esse programa serviu como uma estréia para a readaptação da ECW dentro da WWE, tornando-a uma duas divisões junto com a Raw e a Smackdown. O evento principal contou com uma luta entre Rob Van Dam (ex-ECW) contra John Cena (Campeão WWE).

Então Paul Heyman, ex-presidente da ECW e agora o novo comissionário-chefe da divisão, anunciou a criação da ECW como parte dos três programas da WWE. No mesmo dia, ele reintroduziu o Campeonato Mundial de Pesos-Pesados da ECW e o entregou para Rob Van Dam, como um prêmio pela conquista do Campeonato da WWE na segunda edição do One Night Stand. Originalmente, a divisão ECW foi proposta para ser diferente das outras duas, trazendo as características da empresa extinta. Ou seja, hardcore wrestling, porém com a estrutura mais avançada da WWE.

Rob Van Dam com os títulos WWE e ECW

Até que em 2007 a WWE alterou o formato da ECW e a tornou no mesmo estilo das outras duas divisões, o que gerou muitas críticas negativas do público "oldschool". Isso por causa da idéia de Linda McMahon de implantar a TV-PG (Television Parental Guidance), que é uma espécie de sensura, para beneficiar sua candidatura ao senado do estado de Connecticut. O que fez com que a programação atual da WWE seja destinada ao público de todas as idades.

Essa mudança no formato fez com que a ECW não tivesse um diferencial em relação as outras divisões, o que automaticamente causou queda na audiência de sua programação. Até que em 2010, Vince McMahon anunciou o fechamento da ECW para colocar em exibição um novo programa NXT (ou Next), que é uma espécie de reality show focado em formar novos "superstars" da WWE. Após o último episódio da ECW, os empregados da brand se tornaram "free agents".

Wrestlers da ECW

Conclusões
Sou suspeito pra dizer, pois desde que assistí ao documentário "The Rise and Fall of ECW" passei a acompanhar mais e acabei me tornando um fã ardoroso da extinta companhia. Posso dizer que ela revolucionou o Wrestling de forma geral. E também dizer que se não fosse a ECW muito provavelmente não haveria inspiração para a Attitude Era da WWF, assim como o roster rico em talento que fez da WCW a maior de 1996 até 1999. Enquanto as "duas grandes", WWF e WCW, esbanjavam estrutura, a ECW esbanjava talento e criatividade.

Pena que acabou de uma forma tão estúpida... isso, muito provavelmente, graças a má administração de Paul Heyman, que, apesar de ser um verdadeiro Dr. Frankenstein para a história do wrestling mundial, foi um péssimo homem de negócios como presidente da ECW. Mas aconteça o que acontecer, o legado da ECW nunca será apagado. A companhia pode não mais existir, mas será  sempre a maior referência entre os admiradores do Wrestling hardcore, e responsável pelos gritos eufóricos do público apaixonado por verdadeiros espetáculos com técnina e talento misturado a cadeiras, mesas, escadas, arames farpados, polêmica, sangue... isso é hardcore, isso é ECW!!!