Nome: Killer Instinct
Lançamento: 2013
Desenvolvedoras: Double Helix, Iron Galaxy, Rare, Microsoft
Distribuidora: Microsoft Studios
Gênero: Luta
Plataformas: Xbox One, PC
História
Num passado distante, onde ocorre no mundo uma guerra de proporções titânicas, dois lordes da guerra travavam uma batalha terrível entre si. Muitas pessoas eram mortas, exércitos eram destroçados e o mundo era colocado a prêmio. Decididos a acabar com isso, um grupo de heróis enfrenta bravamente os dois lordes inimigos, e criam um feitiço que sela os dois titãs no limbo. Temporariamente, a paz voltou a reinar. Do passado, passamos a um futuro caótico e não tão distante da nossa era. A poluição tomou conta do meio ambiente, os governos caíram. E o mundo é controlado por mega-corporações que se enfrentam e se destroem pelas riquezas do planeta. Entre elas está a Ultratech, a mais poderosa de todas.
Ao invés de entrar em conflitos diretos com outras corporações, a Ultratech se mantém vendendo armas avançadas para as corporações se destruírem. Mas a corporação não domina o mundo apenas através da venda de armas, mas também comandando a mídia sendo responsável pela organização do maior fenômeno televisivo do planeta: o torneio Killer Instinct. Além do entretenimento que proporciona aos expectadores, o torneio ainda serve como campo de testes para as armas da Ultratech. E nele promete-se aos vencedores tudo o que quiserem, o que não garante que a promessa será cumprida. Enquanto os perdedores sofrem um destino cruel nas mãos da empresa, acabando como cobaias ou mortas nas lutas.
Eis a maior arma da Ultratech: Fulgore |
Entretanto, a Ultratech conseguiu retirar do vácuo um dos lordes da guerra, a criatura chamada Eyedol. E mesmo a Ultratech mostrou-se incapaz de conter o poder e a fúria do monstro. Orchid, uma das competidoras do Killer Instinct, enfrenta Eyedol em combate. Apesar da fúria e do poder do montro, a espiã surpreendentemente mata Eyedol, pondo um fim em seu reino de terror. Mas a morte de Eyedol gera uma quantidade massiva de energia, que faz com que todo o prédio da Ultratech e a cidade inteira sejam jogados 2000 anos no passado.
Consequentemente, são levados os competidores Jago, Combo, Orchid, Sabrewulf e um protótipo Fulgore (os dois últimos, armas da Ultratech). O ninja Jago pede ajuda ao seu espírito-guia, o "Espírito do Tigre", e é aí que ele se choca: o espírito-guia era nada menos que Gargos, o segundo lorde da guerra. Diferentemente de Eyedol, Gargos não conseguiu sair do limbo durante o primeiro Killer Instinct, mas passou a manipular Jago para a destruição de seu inimigo. E com a morte de Eyedol, Gargos estava livre novamente. Furioso, Jago jura vingança contra Gargos, enquanto Combo e Orchid tentam voltar para seu tempo.
Kim Wu e Tusk buscam o fim de Gargos |
Durante a batalha surgem também guerreiros antigos ajudando os sobreviventes do futuro. O bárbaro Tusk, a rainha amazona Maya e a praticante de artes marciais Kim Wu. Mas, novamente, Orchid enfrenta o lorde. Durante a luta, Gargos revela a Orchid que ela e Jago são irmãos, e que a Ultratech enviou Fulgore ao passado uma vez para matar os dois ainda crianças, prevendo seus estragos, mas Fulgore só conseguiu matar os pais deles. Então descobre-se que os dois foram separados ainda crianças para segurança própria. No combate, Orchid derrota Gargos, mas não consegue matá-lo. Então Jago surge e acaba com a vida fim no lorde, concluindo sua vingança.
Em seguida, Jago e Orchid, sabendo que ambos são irmãos, se reencontram e voltam para o seu tempo, para terminar a luta contra a Ultratech. No decorrer de sua busca, eles descobrem que a corporação é liderada por uma inteligência artificial chamada Aria. Ela criou o torneio Killer Instinct, forçando a humanidade a evoluir ou morrer. Porém, um grande mal veio para conquistar nosso mundo. Gargos ainda está vivo e pretende invadir o presente dos lutadores. Agora os velhos inimigos devem forjar uma aliança... ou morrer sozinhos.
Ele está voltando... |
Análise
A primeira vez que vi o primeiro Killer Instinct (vou abreviar pra KI) foi com o Super Nintendo. Tive uma ótima impressão só de ver o cartucho. Era a tal da fita preta. Ah, a famosa fita preta. E é uma fita preta com um puta robô ignorante com garras brilantes. Uma coisa meio Exterminador, meio Predador. Eu fiquei tipo "esse jogo deve ser insano". Liguei no meu Snes e me aparece o logo da Rare, logo de cara me vem Donkey Kong na cabeça, o que também foi um ótimo sinal. E junto aquela trilha sonora matadora, seguido de um "Killer Instinct" dito por uma voz estilo a do demônio daquele filme "Perigo Mortal" com o Chuck Norris. Enfim, foi um "ultra combo" de emoções a cada passo do jogo.
Ao jogar não foi diferente, poque o jogo era maravilhoso em todos os sentidos. Combos mais variados, violência extrema, trilha sonora matadora, personagens marcantes. Eu o joguei durante anos, descobri muitos "no mercy" (os "fatalitys" do game) sozinho. Já o segundo game eu joguei pouquíssimo. Na verdade foi a versão do Nintendo 64, Killer Instinct Gold. Notei melhorias, principalmente no visual. Achei os personagens novos até bem interessantes (apesar de ficar puto com a ausência de Riptor, meu favorito). Mas ele não me convenceu tanto como o primeiro game. Bom, já enrolei demais com minha retrospectiva... vou falar do KI atual!
Que ninjão da porra! |
Foi o primeiro game que joguei no meu Xbox One. Desde seu lançamento, em 2013, que eu queria jogar. Pois nos vídeos eu vi que o visual dele ficou animal demais. Até hoje o game é bonito e representa muito bem a geração atual. Os cenários, os efeitos de cenário, elementos e de poderes. Não esquecendo no re-designe dos personagens, um melhor que o outro. O jogo tem uma jogabilidade bem leve e intuitiva, e é no formato 2.5D, no mesmo estilo dos novos Street Fighter e Mortal Kombat. Mas o jogo não é tão lembrando hoje em dia, pois foi lançado as pressas no "day one", que foi o dia do lançamento do Xbox One. Ele saiu bem incompleto. Se não me engano foram apenas 6 lutadores e suas arenas. Ok, o jogo veio gratuíto, porém a gente só poderia jogar com Jago contra os outros lutadores disponíveis. E ao longo do tempo foram adicionando novas temporadas, com mais pacotes de lutadores, suas arenas e alguns extras.
Hoje, 4 anos após seu lançamento, estamos na terceira temporada, com 28 lutadores disponíveis e suas arenas. Ainda estão lançando coisas pro jogo, pra terem uma noção. Semana passada liberaram o lutador inédito Kilgore. E acredito que ainda role mais atualizações. Mas no geral o jogo tá lindo de doer na alma. Está com uma trilha impecável, como sempre. Inclusive na "Definitive Edition" comprada em mídia física vem o CD com a trilha sonora completa. E, é claro, com todo o conteúdo liberado. E que conteúdo é esse? Todos os lutadores e arenas (é claro), as versões arcade dos antigos KI e KI 2 com extras, roupas e acessórios pra customizar os lutadores do jeito que achar melhor, e entre coisas nostálgicas, como os narradores dos dois jogos antigos. Não esquecendo também dos modos focados na história.
Vai amassar a lata... |
Por falar na história, deu pra perceber que a história do KI definitivamente não é seu ponto forte. Apesar de ter sua originalidade, peca por ser superficial demais. O que não foi tão bem desenvolvido neste terceiro game que estou analisando. E sim, não se trata de um reboot, e sim de uma sequência direta. Porém, não colocaram o 3 no nome por problemas de legalizações, já que a desenvolvedora Rare agora é exclusividade da Microsoft. Algo que eu sinceramente não entendi, e nem quis entender porque detesto essas burocracias. Mas deixo claro que o game não é um reboot.
Sobre o modo história, tem o chamado "Shadow Lords". Ele é uma mistura de modo arcade com RPG, naquele estilo roguelike. Você tem a introdução, o lutador inicial (que é o Jago), e os tutoriais em forma de missão. No decorrer da campanha você vai vendo que se trata de um RPG, pois você vai coletando itens, percorrendo caminhos variados pra fazer missões diversas (em forma de objetivos de luta) e recrutando lutadores pra sua equipe. O que é legal é que em cada luta o lutador vai se desgastando, ficando mais fraco devido a fatiga das lutas anteriores, forçando a gente a escolher certo quem vamos colocar no grupo. Afinal, quanto menos trabalho tivermos, mais fácil será. O que não significa que seja fácil, pois não é.
Relembrando os bons tempos de Battletoads |
Depois tem o "modo história", que é mais arcade. Ele é dividido pelas temporadas lançadas. Aí você tem os personagens lançado em tal temporada, sendo que cada um possui três finais diferentes. E você só os libera fazendo determinadas coisas, em determinados níveis de dificuldade. Lembrando que a terceira temporada desse modo ainda não foi liberada, apesar de já ter sido lançada com os personagens. Mas tá à caminho, assim como outras possíveis novidades., que podem incluir mais lutadores novos, além de possivelmente o "no mercy", que infelizmente ainda não tá no game, apesar das inúmeras possibilidades de ultra combo e os stage no mercy (que estão fodas demais). E por falar em ultra combo, as variações dele são infinitas. Já vi gente dando ultra combo de 2 mil hits na internet. E além da violência em si do ultra combo, há também as interações do cenário enquanto o lutador massacra o outro, juntamente com notas musicais dando um ritmo musical a toda essa brutalidade. É simplesmente insano!
Sobre os personagens, todos os lutadores estão de volta, além de personagens inéditos e algumas participações especiais. Entre os antigos destaco o ninja tibetano Jago, que ficou com um visual incrível. Acho que é o melhor ninja em termos visuais que já vi em games. Orchid também, está mais linda do que nunca e cheia de estilo. Eu acho que ela é a que mais representa o jogo, até pela trilha sonora dela sempre ser baseada em House Music, que era uma coisa bem popular nos anos 90. Thunder, Kim Wu, Glacius, Combo, Cinder, Sabrewulf e Eyedol também ficaram animais em suas versões novas. Há também o novo protótipo do Fulgore, além do meu querido Riptor estar de volta (bom, na verdade é um filhote do(a) antigo(a) Riptor, que morreu no primeiro game).
"Tenta a sorte, punheteiro!" |
Entre os novos, destaco a assassina aranha Sadira, o feiticeiro meio múmia Kan-Ra, o golem gigante Aganos, a jovem fantasma vingadora Hinako (que foi inspirada nesses filmes de terror orientais), e a super robô Aria. Há também o Shadow Jago, que é uma versão "evil" e bem interessante do ninja. Não esquecendo também das participações especiais de Rash dos Battletoads (representando a Rare), Árbitro de Halo e General Raam de Gears of War (ambos representando a Microsoft). Bom, citei quase todos. Na real, todos os personagens são ótimos, originais e bastante diversificados em seus estilos de luta e caracterizações.
Encerrando o post, KI é um jogo excelente que estou adorando cada vez mais. Apesar de ter sido lançado em longas prestações e ser prejudicado por isso, ainda está valendo muito a pena. Seu conteúdo é muito rico, e pode aumentar ainda mais. Além de ser um divertido game de luta, indispensável para quem possui um Xbox One. Ainda tem muita gente jogando online, tanto do Xone quanto do PC. É um game de luta tão bom e atual quanto os que estão sendo lançados atualmente.
Trailer